Um dia entre as letras

O sol nascente mostrou sua força à transparência da janela um pouco escondida pela cortina.

Talvez por culta do brilho do sol, a mente (quase descansada por um sono duradouro de umas três horas) despertou.

A necessidade de leitura de alguns textos científicos deu lugar à ansiedade que afeta a sanidade mental em cumprir o dever.

A ferramenta de trabalho, o notebook posto à mesa, foi posta à tomada para dar acesso ao arquivo de muitas letras.

Às 6h15 da manhã o primeiro texto já estava na tela. Seria mais "um dia entre as letras".

As doze páginas que constituíam aquele artigo científico foram lidas, em primeiro plano, visualmente.

O retorno à primeira página indicava o quanto aquele texto necessitava ajustes no campo da língua portuguesa.

Os olhos impactados pelo brilho da tela começavam a lacrimejar às 9h da manhã ao sabor daquelas letras.

Com registros entrecortados de cores vermelhas e azuis, o texto parecia um mosaico pela língua portuguesa.

À medida que o sol subia, a leitura e os registros naquele texto se mostrava avançado.

A sanidade mental até esqueceu do almoço.

A mente em sua ansiedade parecia inerte ao externo daquele texto.

A missão era concluir aquela leitura para mergulhar na próxima.

E assim o dia descia para as horas vespertinas.

Novamente, a síndrome de Quervain exigiu o uso da luva de proteção à munheca da mão.

E as horas foram passando ao calor da tarde. E o texto, no mesmo rumo, dava início de encerramento da leitura.

Finalmente, quando o relógio marcava 17h10, a leitura chegou ao fim (quase).

O instante, a partir de então, seria para recuperar a sanidade mental, o alívio das mãos e da coluna.

Os desafios, diários, são sempre recompensados pela proteção Divina.