O Poeta das Pedras II

 

Lembro as mãos gigantes de meu pai.

A textura áspera de seu trabalho

como Poeta das Pedras.

 

Na mão, o cinzel...

escrevendo nas lápides

o epitáfio de amor

dos que ficaram

para guardar a memória

de quem partiu...

 

E ele partiu em minha primavera...

quando a Flor se fez Orvalho

e a lágrima caiu sobre seu braço

enquanto a boca cantava

sua música preferida

e prometia zelar do broto dourado

em amor e paixão pela vida.

 

Foi quando o Poema

chegou em mim e me fez Poesia...

 

 

Diálogo com o texto As mãos de meu pai - Mario Quintana

do Escritor e Poeta Julio Cesar Fernandes