Enfim 40.

Entre sombras densas, perdeu-se em tempestades de sofrimento, onde a fé se desfez em fios invisíveis. No teatro da desilusão, dançou ao som da revolta, buscando esquecer quem era em meio aos corredores tortuosos da existência. Desilusões o envolveram como névoa. No tormento, buscou esquecer a própria essência. Mas, erguendo-se dos escombros do passado, aos 40 renasce com o coração iluminado. Com coragem, desvendou os enigmas do seu próprio ser, descobrindo a gentileza que florescia no solo árido das experiências passadas. Agora, aos 40, ele é como uma estrela que brilha com intensidade, guiando-se pelo compasso da sua própria resiliência. A certeza de que seu presente mais desejado aguarda pacientemente em algum ponto do futuro, ciente de sua existência, mas reservando-se ao mistério do tempo. Enfim, aos 40, a epopeia da vida se faz verso.