Azuis previsões

Outro dia vi uma cena de um pai enternecido vendo parte da cena que eu via: sua esposa amamentava o seu primeiro e pequenino filho.

O homem, recostado no braço do sofá, a mulher, quase o mesmo sorriso, porque também embevecida com tudo o que lhe era igualmente muito novo, a criança, passado talvez o susto do seu grande e primeiro esforço, o de vir ao mundo. A cena era de uma plenitude e beleza tal indizíveis. Fiquei ali também eu a contemplar.

Outro dia, outra cena, a do pai consertando o brinquedo do filho, enquanto o menino esperava ansioso no chão. A esta, outros quadros foram-se juntando: a mãe lavando as mãozinhas do menino no tanque; o menino, de novo, sujinho e risonho, em suas infantis ocupações com carrinhos e túneis no quintal.

Depois era menino que ia à escola, menino que corria pela casa, menino fazendo lições, menino tomando pito, menino fazendo gritarias, menino aprendendo a rezar, e essas felicidades todas que enchem uma casa e a fazem chamar-se lar.

Vi todas estas cenas e fui dormir feliz, abençoando a família que se forma e o menino que vai nascer.

Para o Ri, a Gi e o Gabriel, com amor.

Neusa Storti Guerra Jacintho
Enviado por Neusa Storti Guerra Jacintho em 23/01/2008
Reeditado em 28/11/2009
Código do texto: T829787
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