Isso das Américas

Nossos sonhos, nossos perigos; nossas ambições poderão ser a nossa destruição.

Vejo-me no futuro, inseguro, pronto a enfrentar uma realidade que pode nos apavorar.

Nesses dias serei eu um homem inteligente, capaz de entender a realidade das realidades?

Minha árvore genealógica deu bons frutos, espero ser um desses frutos, desgarrados mas bom...

Portanto, me transporto ao passado que você passou procurando entende-lo melhor e...

O que sinto é por demais assustador, tudo me confunde, esta ciência, esta matemática e esta proliferação religiosa.

Sinto que estou fora do meu tempo, talvez eu tenha nascido de forma prematura, confesso que estou confuso.

E por discordar é que faço de contas que vou embora, mais uma vez eu fecho os olhos e mergulho no meu sonho...

E o que sonho, me mostra que estamos próximo desta realidade.

“Eu sou um asteróide que vaga pelo espaço

Em forma de pensamento, sou isso das Américas.

Que seja o índio bobo do Amazonas

Sei que sou o índio classe A das Américas...

Índio classe brasileira, ou isso das Américas.

Quem sabe sou uma razão tão simples

Talvez quem sabe a solução tão pura

Pra ser o elo forte continente, mas, sou isso das Américas.

Talvez, encontrem os homens do futuro

Algo triste e muito duro, duro de acreditar...

Talvez, o isso das Américas.

Que vagando pelo espaço, corpo aberto em mil pedaços

Que num brilho só de aço, se arreda e se desprega...

Talvez quem sabe o isso das Américas...”

Bombas das Américas, usinas nucleares das Américas, monopólios financeiros das Américas, opressão, corrida armamentista...

Tola e ilusória e em tudo por tudo se registram as loucuras humanas..., cuidado!!!

Vicente Freire – 02/08/1981.