A torre
Do alto da torre
Nem mesmo o sol está contente...
Quem de lá contempla o céu,
Daqui à terra se prende...
Os dínamos da força
Não resistem a tensão,
Tudo perde a cor,
E o que tem cor, passa a não ter vida...
Existe uma ferida
Bem perto de nossa fantasia
Existe um novo eclipse,
Se formando em nossos olhos...
Um arquivo morto,
De contos e pressupostos...
Preenche as lacunas,
Dos nossos times e jogos...
Jogos de sedução, times de alforria...
Eles verão a torre, sempre no outro dia...
Há alguém próximo à lareira
Esperando um novo conto,
Enquanto o fogo queima,
O corpo pede descanso...
Falhamos em casa,
E apostamos na rua...
É fácil ignorar a verdade,
Quando ela nunca pode ser sua...
E os seus costumes, éticas e roteiros?
Só lhe mostrarão a torre,
Se você for o primeiro...