Caravelas

Amargo é o pão...

Quando a dor se transforma em desejo,

Doce é o fel,

Quando a lágrima trai-se por um beijo...

Há tantos desencontros...

Nas paredes, muitos pergaminhos

Que falam, e ninguém entende,

Mas onde há flores, há também espinhos...

E o vento sopra, em todas as direções...

Para onde ir ou até onde chegar?

Enquanto uma semente nasce,

Outras não deixarão de secar...

Não existem dúvidas, e sim descrenças...

O aluno vira professor,

E o professor fala por você...

Quem espera vencer,

Também precisa sonhar,

Quem sonha...

Ao menos tem que acordar...

As vezes nos perdemos no vazio,

Um vazio que se encontra perdido...

Aonde deveremos estar?

Para lembrar que nunca somos esquecidos...

Perceba o sol no horizonte...

Ele vive, ele está ali

Sinta a luz que vem de longe,

E abra as suas portas...

Ouça este poema...

Navegue junto às Caravelas,

Como a vida me trouxe esta cena,

E nas águas, por fim, escreva seu lema...