Páscoa

O significado da Páscoa varia conforme o povo e a religião. De um modo geral, celebra-se a ressurreição do Cristo, símbolo da vitória da Vida sobre a morte.

Como sempre, creio que é muito mais importante refletir sobre o que ensinou o Cristo do que ficarmos a discutir sobre a maior ou menor autenticidade desta ou daquela interpretação correta do sentido essencial do termo.

Nesse passo, convido todos a uma simples meditação.

No Sermão da Montanha Jesus conclama os “puros de coração”. A pureza de coração, humildemente assinalo, é o requisito fundamental da vitória da Vida sobre a morte. Não no sentido de “vida” e “morte” como a vigência ou pretenso final da jornada que temos neste corpo. Não. Refiro-me à vitória de nossa real Vida sobre essa sombra de isolamento que vivenciamos em nosso dia-a-dia, ou seja, da morte em que se tornou a vida da maioria dos seres humanos.

Confuso? Nem tanto. Nossa origem, independentemente da religião que professemos, remonta à vontade do Criador. A vontade divina nos deflagra essa magia de evolucionarmos por evos a fio, com destino sequer imaginado. Se a religião pretende nos reunir ao Criador, no sentido etimológico e finalístico da expressão, essa reunião pode e deve se dar desde logo e incumbe a cada um de nós. Foi a isso que o Cristo nos exortou reputando felizes os “puros de coração”.

Procure – essa é minha sugestão – encontrar o liame que o mantém unido ao Pai. Procure em seu interior o veio nobre que transcende à Ética e à racionalidade, aquele sopro de inspiração que nos marca, com foros de absoluta verdade, como herdeiros do Amor.

“Puro de coração” é quem se reconhece tocado pela Divindade e, assim, somente dá vazão ao ensinamento maior com que o Cordeiro nos brindou: AMAR... Assim estaremos buscando o “Reino dos Céus” e tudo o mais nos virá por acréscimo.

Boa Páscoa!

Marco Aurélio Leite da Silva
Enviado por Marco Aurélio Leite da Silva em 23/03/2008
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