Sociedade e contra-cultura

O que faria você, se um homem aparecesse no centro do Rio de Janeiro, de jeito simplório, chapéu de palha na cabeça, fumando cigarro de palha e pedindo uma cachacinha?

E ao lado desse homem, estivesse um outro homem, vestido a rigor, tomando coca-cola, comendo uma pizza e falando de economia.

Provavelmente você seria apenas mais um no meio de milhões que circulam pela vida misturado a outras vidas.

Mas, imagine você, que despojado dos seus problemas cotidianos, dando-se a devida importância à figura do homem na sociedade, você, dentro desse quadro se auto-analisasse, se descobrindo, se misturando, passando, recebendo, vivendo, convivendo, aprendendo, ensinando, observando e acumulando todas as experiências de vida.

É claro que você seria a criatura quase que mais perfeita, mas você não é, eu não sou, nós não somos; mas e daí?!

E daí, que o importante é que sejamos pacientes no entendimento, que acatemos as verdades que nos vem, sem desrespeito, sem humilhação; pois a partir dessa abertura , da alma intelectual-humana, se possibilitará a guarda do grande conhecimento humano, conhecimento este, que um homem pode passar ao outro, mas, que muitos homens, por não terem a sensibilidade divina, não entendem o esforço do Pai do Universo, que ao criar o Mundo, criou, baseado na Cultura Celestial.

Vicente Freire

31/10/1997.