Como escrevi 2009
 
Dia 8 de maio é o dia da mulher e por isso escolhi uma linda mulher, Madre Teresa de Calcutá, como representante de todas aquelas cuja vestimenta é o amor. Entrei pela porta da poesia e bem acompanhada pelo meu "duelista" preferido, o  
Teris Henrique Filho, compomos mais um dueto antes do amanhecer. Escrevi hoje é o seu dia mesmo assim vou te deixar, mas não se preocupe não, que está tudo certo. Mais uma vez voei nas asas de gigantes para compor fumo, com um verso de Drummond. No palco do amor ouvi o ruído do silêncio, tudo na companhia dos amigos e na casa da Maysa que é aniversariante do mês a quem presenteei com uma caixinha de música.
Para o fim da libélula escrevi cegueira e, também em poetrix, para a despedida das árvores escrevi semeadura. Foi a vez dos "trovaditos", pequenas quadras com ditos populares, e da cerimônia do chá quando brindei a amizade dos queridos
Jacó Filho e A Flor Enigmática. A borboleta 88 em flutuações descreveu um arco e partiu.
 
 
Veio junho e novamente minha letra impulsiva, observando o rio Guaíba à hora de “angelus”, fez pouso em águas nascentes. Terráqueos descuidados com seus pares cobiçavam a lua 40 anos depois. Enquanto isso, nosso amigo
Wilson Ramos nos deliciava o ano todo com divertidas séries de trovas no churrasco, no supermercado, no café da manhã, para as mulheres, etc. Depois voltei ao banco na mesma praça para ver a dança de quadrilha de São João.
Penso que entre os grandes valores da vida, está a capacidade de se efetuar doação. Quando esta doação salva vidas, melhor ainda. Assim aconteceu com o sobrinho da
Marlene Vieira Aragão, que recebeu um rim.
Graças a Bilac saiu mais uma tentativa de poetrix. Alguns eu acertei, outros ficaram mais para frases, como no livro palavras alheias que resistem ao silêncio de outrem. 
Tenho uma amiga Sissy, que não é imperatriz. Foi para contar as trapalhadas de Sissy que escrevi três crônicas de humor. Tudo verdade.
Em pleno frio bateu por aqui o desespero da gripe suína e de outra nem tão grave, mas muito marvada também. Nesse período, recebi da querida
Rosemeri Tunala  o poema amigo anjo e fiquei muito feliz. Também foi a época de rever e revelar vários filmes, que se tornaram novos a um segundo olhar. Com mesmas palavras fiz a travessia de folhas secas até ouvir o dobre de outono. O outono é na vida a estação da maturidade, às vezes taciturno, outras de um azul translúcido. São essas contradições que tornam outono a estação preferida dos poetas.
 
 
Amigo merece ser cantado em prosa e verso, por isso em julho muitas cirandas foram feitas no Recanto. Quero me desculpar aqui por ver agora que muitas interações deixadas em minhas páginas não foram inseridas. O tempo passou tão veloz que nem sempre pude voltar em textos mais antigos para atualizá-los. Foi assim também com o dia do trovador em 18 de julho.
Ouvindo os irmãos Ramil escrevi coisa e tal e não é que ganhei outro delicado presente do nosso amado poeta pardal? O
Edson Gonçalves Ferreira escreveu tal lá e tal cá, às vésperas de atravessar o atlântico e visitar nossos amigos lusos e rever familiares. Mais uma das bênçãos deste Recanto é a de conhecer pessoas em todo o mundo. Facilidades da globalização.
Acredito que a
evolução é sempre em grupo, evolução da humanidade, ainda que individualmente possamos também nos aperfeiçoar. Nesta evolução em massa, espero que o legado maior do homem seja a solidariedade, fruto maior do Amor. E não é de um amor de folhetim que estou falando. Minhas emoções tão cruas escrevem em similitude com o que canta minh’alma. Debruço no parapeito da janela, olho o Guaíba distante e fico imaginando garrafas de poesias sendo levadas para outros continentes pelas ondas, mas apenas garrafas da imaginação.
Em parceria com o
Teris Henrique Filho saiu novo dueto: eterno amante. Já perdi a conta de quantos duetos nós fizemos, entre dúzias de emails que vem e voltam, depois de muitas alterações e até de ameaças (risos) o texto vai ao ar, por isso falamos em “duelo” poético. Ao Teris, minha gratidão.
Dia 24 de julho foi a vez deste Recanto festejar o nosso amado
Jacó Filho. Homem de fé e que abençoa a todos com a sua oração “e que Deus nos abençoe sempre!”. Tenho certeza que Deus o ouve.
Se em junho foi a marvada gripe que ganhou ciranda, em julho a bruxa andou solta e muita gente padeceu da gripe porcina. Era tanto gel e cuidados com janelas, espirros, etc., o que me deixou em torpor.
Depois disso resolvi atacar de cronista e ensaiei com: porque não sou prosa e para falar de flores. Fiz até uma resenha do mês de julho, quando mencionei algumas leituras e filmes. Entre as leituras estava o maravilhoso livro de poesia “Ensaio Poético” da amiga talentosa
Ângela Rodrigues Gurgel. Prometi fazer uma resenha assim por mês, mas fui até a terceira resenha e parei.
Deixo caminhos do sol para os que se identificarem com esta página e muitos girassóis para enfeitar o ano novo:

                                                           Caminhos do sol
                                                           Por meses e girassóis
                                                           girei sol o ano inteiro.
                                                           Na Terra fui arrebóis,
                                                           de dezembro a janeiro.


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Amigos, com esta colcha de retalhos, pretendo recontar a história dos meus rabiscos em 2009 e agradecer aos poetas amigos que comigo estiveram em interações e carinho. Certamente não conseguirei em quatro ou cinco textos me referir a todos. Espero que me perdoem pela injustiça, os que não forem citados. Não faltará oportunidade para louvar a delicadeza e amorosidade de suas presenças neste espaço.
 
Um feliz 2010 de venturas e SAÚDE!

meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 01/01/2010
Reeditado em 20/02/2010
Código do texto: T2005729
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