Sou Neide Azevedo, me apresento... prazer em conhece-los...

Neide abriu os olhos, depois de uma semana.

Lembrou-se de tudo o que havia acontecido e chorou. Mas, chorou porque achou que a vida tinha sido um tanto injusta com ela.

É sim, tentou suicídio e se sentiu traída pelas pessoas que as socorreu.

Mas era de se esperar que alguém o fizesse porque aquilo partira de um ato de loucura, numa hora de extrema loucura e desespero, que tomou conta do seu ser. Ela era uma pessoa extremamente equilibrada, adepta ao trabalho, vaidosa como a maioria das mulheres.

Mas algo terrível havia acontecido e ela estava ali, deitada num quarto escuro, sem comer, sem falar com ninguém e chorando incansavelmente. Lágrimas que chegavam a doer na alma de quem a visse.

Num dado momento ela se viu sozinha na casa, e num ímpeto de loucura, saltou da cama e fizera novamente. Tomara tantos medicamentos que perdeu a conta. Ainda antes de adormecer conseguiu ligar para a filha que não demorou muito para socorre- la novamente.

Porcaria! - pensou na hora em que acordara no hospital.

Mas dessa vez estava em um hospital psiquiátrico, fechada, vigiada e dopada de calmantes para ficar mais frágil e controlada.

Por algum tempo ficara trancada no quarto. Depois começou a passear por ali e conhecer várias pessoas.

Conhecera advogadas, psicólogas, engenheiras. Uma bióloga linda de 22 anos que estava ali para se tratar contra o alcoolismo. E a outra fofa que tentava se livrar das drogas...

O seu diagnóstico era de bipolar. Bi- po- lar, tem que pesquisar na internet.

Porque ela se achava doida mesmo... rsrsrsrs

Conheceu pessoas que aparentemente estavam loucas e furiosas, mas que na verdade estavam lutando contra a depressão, síndrome do pânico, assim como ela.

Descobriu que nesta fase de estar muito louca, ela pode fazer amizade com pessoas completamente elegantes, educadas, sentimentais, alegres e que apenas se refugiavam ali nas horas infelizes.

Decidiu então que deveriam todas serem alegres porque não eram loucas. Eram NORMAIS, apenas que não sabiam conter-se ao sofrerem tantas pressões.

Ela ainda faz tratamento e terá de fazer a vida toda.

Neide é Bipolar, tem síndrome do pânico, depressão e o pior, sofre de uma solidão que não tem cura. Acha que é falta de um grande amor...rsrsrsr

Mas vejamos pelo lado bom: é poetiza e se inspira de suas próprias experiências.

EU SÓ TENHO A AGRADECER POR TODOS OS QUE ME ABRAÇARAM NESSE MOMENTO DIFÍCIL.SE ALGUEM ME AMAR DO JEITO QUE SOU,

PRAZER EM CONHECE-LO, SOU NEIDE AZEVEDO...RSRSRSRSRSRSRS