Quem é est@, @ profess@r@?

Wilson Correia

A@s alun@s do Primeiro Semestre de Pedagogia do CFP da UFRB

Aristóteles começou sua Metafísica dizendo que é natural no ser humano o desejo de conhecer. Eu diria que, em mim, é natural a curiosidade por saber (o que, como, porque e para que...). Por isso, peço um trabalho escrito às turmas às quais leciono e, em casa, a primeira coisa que faço é ler uma, duas, três vezes o que cada alun@ registrou no papel (posso não demonstrar que faço isso; mas que faço, faço...).

Ao concluir o primeiro semestre letivo de 2010, como de praxe, pedi uma avaliação da disciplina e do docente responsável por ela. A proposta era que escrevessem sobre três aspectos: domínio do conteúdo, método de trabalho e relação professor-aluno. O que li sobre esses aspectos paga todos os salários que já recebi em toda a minha vida. Muito obrigado pela generosidade de tod@s.

De todo esse processo, uma frase fica em minha memória: ser professor é ser mestre na superação das ignorâncias –as de quem ensina e as de quem aprende.

Não creio, então, nos professores sabe-tudo. Ninguém sabe tudo. Sabemos pouco, muito pouco. Assim, o que deve nos mobilizar em sala de aula é o desejo de superar nossa ignorância, de ampliar nosso aprendizado –sobretudo para a vida, que o resto é resto e não merece nossa atenção.

E aprender para a vida, entendo, é aprender a ser.

Ser gente. Ser humano. Ser alegre. Ser feliz.

Ser um homem e uma mulher com sentido existencial.

Sem sentido a vida se torna oca. Um nada.

Nós, ao contrário, temos de ser alguém.

Feliz sentido e feliz senso de humanidade @ tod@s nós!

Fora desse contexto, quem poderia ser @ profess@r@?