O dia que não reclamei

Eu comprava um scarpan, daqueles com preço razoável e aparência de caro. E aparentemente satisfeita saindo da loja, observava as outras vitrines, passei a desejar outros modelos que chamavam a minha atenção.

Mas, eu devia sair logo daquele shopping pois tinha compromissos para aquele dia.

E saindo, pensava... E aquele sapato que tanto gostei na outra loja, e se eu não encontrar outro igual?! Antes satisfeita, e agora... Insatisfeita!

Como se não tivesse acabado de comprar um novo par de scarpan, que certamente não iria usar, hoje nem mesmo amanhã.

O dia terminava, em meio ao transito naquele horário de grande congestionamento nessa cidade, pude ver uma criança de uns doze anos que tinha chinelos improvisados nos pés, e feliz comemorando os Dez Reais que recebeu naquele farol, pois para o outro dia teria mais alimento em sua casa.

Meu Deus, alí era um ser humano como eu, e satisfeito com Dez Reais nas mãos. Meu Deus, isso é muito triste, é insuportável para mim ver essa verdade das nossas ruas. Mas, aquele menino me ensinou, me fez calar alguns lamentos fúteis, impensados.

Se eu não tivesse refletido sobre aquela realidade no farol, talvez teria reclamado do meu jantar na mesma noite.

Me calei, e agradeci á Deus por cada instante do meu dia, e por cada acontecimento da minha vida.

Senhor, me perdoe, e mais uma vez te agradeço pela vida!

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B.E.I.J.O.S!

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Viviane A
Enviado por Viviane A em 19/10/2012
Código do texto: T3940555
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