O RETRATO DE UMA AMIZADE
Quisera retratar a amizade tal qual ela o é, mas isso transcende ao meu infinito desejo, pois amizade é como a sublimidade extrema e não há em nenhuma aquarela cores suficientes para colori-la.
Quisera retratar num átimo o que representa um caloroso aperto de uma mão amiga, mas não existem tecnologias que possam mostrar o momento efusivo das transfusões dos melhores desejos em nem luz ou sombra que possibilitem registrar a aura emanada neste gesto.
Quisera poder retratar o instante do abraço, quando os corações compassados se alegram em sintonia, mas não existem equipamentos que possam captar tal instante, pois este instante não é mecânico, mas é mágico sem ser ilusão.
Quisera ainda poder pintar o retrato de um beijo, mas me é completamente utópico tal desejo uma vez que, o calor desse beijo jamais poderia ser medido por qualquer termômetro e, ainda que o pudesse ser, nenhum retrato poderia registrar o sabor e o cheiro de um doce beijo, beijo doce do amor e da verdadeira amizade.
Copyright – Oliveira, Guilhermino Domingues de
São Paulo, 02 de dezembro de 2003.
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