Anos nunca esquecidos

Os momentos já são tantos que mesmo que os queira numerar não é possível. Mas o dia em que te contemplei pela primeira vez no trabalho... Eu não tenho possibilidade de esquecer... Sequer aqueles primeiros dias que conversei contigo. Foi desde esses dias que nos tornamos inseparáveis. As primeiras tardes juntas, almoços, bocadinhos que aproveitávamos, nos restaurantes da Berrini... As conversas no trabalho e a música "Fênix”, do Jorge Vercilo, que você me ensinou a gostar (até hoje é uma das que mais gosto), os passeios pela Berrini e a ida ao Unibanco para sacar o nosso salário... E a conversa de segunda-feira, onde contávamos como havia sido os finais de semana? As nossas conversas desprovidas de fala (por culpa minha rs), a minha condição de timidez que você sempre compreendeu tão bem, as coisas que em você eu tanto gostava (e ainda gosto), os abraços, as mãos dadas naquela tarde em que quase convulsionei na MetLife e que você teve toda a paciência do universo e permaneceu comigo no hospital até que o Rapha chegasse, o cheque em branco que me ofereceu para pagar as despesas do hospital, mostrando a confiança que tinha em mim, os momentos que jamais esquecerei. As minhas teimosias, as minhas asneiras e a tua compreensão sempre. As surpresas constantes que vamos tendo, que vamos descobrindo juntas, mesmo à distância. Mais umas mil expectativas, incertezas, perguntas... Os encontros que chegavam e que nós aproveitávamos, sem dúvida, ao máximo! Com todas as confusões que fomos tendo, os instantes de ansiedade, medos, dúvidas porque algo não permanecia bem... Embora, tenhamos tomado caminhos diferentes, de fato, nunca nos distanciamos, sequer um milímetro. Dias que trazem saudades... As manhãs, as tardes, as noites, a nossa amizade, as nossas brincadeiras, as nossas risadas, os nossos amigos, os nossos mergulhos em algumas convicções, as nossas conversas, as nossas mensagens... Depois os nossos caminhos, os nossos anos, aquelas escolhas, aqueles enganos... Momentos que tivemos numa fase da nossa vida que passamos juntas, porque estávamos unidas pela alma e pelo coração! O entusiasmo, as expectativas que sempre tínhamos quando saíamos por um motivo em especial... o nosso reencontro. As horas infinitas ao telefone (houve uma época em que eu sempre te ligava para encher o saco), as milhares de mensagens por dia (também, diminuíram bastante rs)... As conversas sobre tudo e nada, sobre mim, sobre ti, sobre os nossos sonhos... Sobre tudo! As desilusões, as nossas frustrações, as perguntas que sempre me pago fazendo: “por que é que somos tão diferentes e tão parecidas?”, “por que é que nos conhecemos?”, “por que é que és tanto para mim?", “por que é que nada é para sempre?”, “por que é que tenho tantas saudades?", etc., etc. ... Os olhares cúmplices, as gargalhadas das piadas uma da outra, os sermões, que geralmente, vêm de ti... (rs), os sofrimentos, os abraços perfeitos. As tardes em que me pego pensando em você e mais noites e noites e noites em que te incluo em minhas orações, e quando ficamos quase um mês sem nos comunicarmos pois estamos ocupadas em nossos caminhos... Um desespero, uma barbaridade, mas mesmo assim, passei algum dia sequer em que não tenha me culpado por não termos nos falado? Acho que não! O inicio do ano, as diversas aulas em que acabo me inscrevendo, o pouco tempo para estarmos juntas, só temos poucos momentos, mas nunca foi por isso que deixamos passar a nossa amizade, sem partilhar... Olho para trás e fico com sensações que não consigo explicar ao ver tudo o que já passamos juntas, as pessoas que já conhecemos e as que ficaram por conhecer... Mas sim, eu olho para o lado e quem é que está lá sempre? Você! Incomparável, insubstituível, inigualável. Marilene Romanciuc, eu te amo.

Amiga por oportunidade, irmã por escolha.

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 16/08/2009
Código do texto: T1756913
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