O que você pensa sobre esta notícia?
Wilson Correia*
*A pergunta, ao final, será para você, leitor, leitora, caso queira responder e compartilhar seu pensamento.
A Prefeitura do Rio de Janeiro abriu concurso no dia 07/10/2009 para contratar 1.400 garis, uma profissão como outra qualquer, claro! O que está chamando a atenção é que esse concurso exige escolaridade em nível fundamental, mas já somam 4% os inscritos nele (de todos os candidatos inscritos até o presente instante) que possuem nível superior de escolaridade. Até o dia de hoje, portanto, os números são os seguintes:
- 3.180 inscritos com nível superior incompleto;
- 1.026 inscritos com nível superior completo;
- 22 candidatos com mestrado;
- 45 candidatos com doutorado.
Para cumprir contratos que exigem 44 horas semanais de trabalho, o aprovado ganhará um salário de R$ 486,10 mensais, adicional de insalubridade, tíquete alimentação no valor de R$ 237,90, além de vale-transporte e plano de saúde.
Fiquei me perguntando o que leva esse concurso a atrair candidatos com escolarização bem superior à exigida em edital, mas sei que entre ficar desempregado e trabalhar, não importando em que cargo honesto, eu preferiria trabalhar.
Mas continuo a me perguntar:
1 O ensino superior não está mais garantindo trabalho e estabilidade nas áreas de domínio específico dos formados em nossas universidades?
2 Esse tipo de coisa acontece porque há quem queira construir carreira partindo de um "ponto" mais fácil, de um trampolim?
3 Se não valem a primeira e a segunda perguntas, o que você pensa que explica esse fato?
Se deseja, deixe seu comentário aí embaixo com a sua opinião.
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*Wilson Correia é filósofo, psicopedagogo e doutor em Educação pela Unicamp e Adjunto em Filosofia da Educação na Universidade Federal do Tocantins. É autor de ‘TCC não é um bicho-de-sete-cabeças’. Rio de Janeiro: Ciência Moderna: 2009. Endereço eletrônico: wilfc2002@yahoo.com.br.
Fonte da notícia: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u641621.shtml.