QUANTA DESOLAÇÃO

 

               À ELEN NUNES

 

 

A chuva veio e com ela a destruição

Vidas perdidas, em meio a tanta tristeza.

Talvez até um grito da Mãe Natureza

Cidades isoladas – só desolação!

 

O Rio – lindo – de Janeiro a Janeiro

Perdeu o colorido de suas riquezas.

Hoje a lama esconde todas as belezas,

Não tem mais graça o carnaval de Fevereiro!

 

Praias tão belas – nessa costa brasileira

A naturalidade franca e verdadeira

Do carioca – hoje triste – como dói!

 

Solidarizo-me com este sofrimento

Que nunca percam a fé, nem o seu alento

- Em especial – nossos irmãos de Niterói!

 

(Milla Pereira)



A todos os amigos,

da cidade e Estado

do Rio de Janeiro,

a minha solidariedade.

 

(Milla)



Obrigada, Miguel,

pela belíssima e comovente interação.

 

Sendo eu um cristão por natureza,

Me abalo com tamanha atrocidade,

Mas não posso culpar esta autoridade,

Que comanda o universo a revelia.

 

Deus é pai e sobre toda as tiranias,

Nada escapa aos seus olhos benfeitor,

Mas o homem desprovido de amor,

Imbuído de levar vantagem em tudo.

 

Submete-se a tamanhos absurdos,

E edificam moradias em desacordo,

Vem a chuva e encharca todo o morro.

 

Não ha base para maior sustentação,

Deslizando sem aviso ou compaixão,

Vai dizimando esta infeliz população.

 

(Miguel Jacó)




O teu choro é o nosso,

querida Elen.

Minha eterna solidariedade.

Beijos da amiga, sempre.

(Milla)

 

 

LÁGRIMAS DO CÉU - MINHA NITERÓI

 

 

Eu choro as lágrimas que caem do céu,

sobre ti, minha cidade querida...

Sofro hoje por tanta vida perdida,

pelas aves que não voam mais ao léu.

 

Lamento o lixo que corre em tuas ruas,

árvores caídas pelo vendaval...

Choro as crianças presas ao lamaçal,

o pranto triste das pobres mães nuas.

 

Ah! Minha cidadezinha tão bela!

Tanto verde em tua mata multicor,

quando reflete encantos da aquarela.

 

Agora a tristeza corre em teus mares.

O sol se escondeu, não há mais calor.

E não se ouve das aves seus cantares.

 

Beijos amiga,sempre.

 

(Elen Nunes)