No Caminho da Solidão: Amizade
Demais triste perambulava,
No caminho daquela estrada,
Que aos poucos me levava,
Para um abismo sem um fim.
Encabulado até me olhava,
Sentindo-me tão indiferente,
Em perceber por muita gente,
Sentidas, olhando para mim.
Cego, não podia compreender,
Como podia chegar a tal situação,
Pois no peito no meu Coração,
Sentia em estável firmamento,
E em cada dia meu pensamento,
Fortalecia em plena convicção.
Parecia que era uma doença,
Levada a um médico próximo,
Que no seu, então, paradoxo,
Pra Cura, só havendo crença.
Procurei interno, me descobrir,
Aportar a alguma explicação,
Na Vida... o caminho é seguir,
Confiante, sem ninguém ferir,
Embalar o tempo com devoção.
Foi caminhando lentamente,
Que um menino encontrei,
Perguntou-me velozmente,
Que ali mesmo, o escutei.
“Por que estais triste, meu amigo?...”
Longo tempo, assim, passou,
Numa conversa que agradou,
E senti o que seria a Solidão.
Bem ali, no ponto da estrada,
Saudei o garoto que ensinava,
E trazia para mim a solução.
É simples, não um tormento,
Empregá-la pelos caminhos,
Buscando Paz, sem maldade.
É um verdadeiro firmamento,
simbolizada pelos carinhos:
“O valor de uma Amizade.”
Demais contente eu voltava,
Mesmo caminho e diferente,
Entre meio... a muita gente,
Pouco a pouco eu chegava,
Tranqüilamente me notava,
E Sentindo-me igualmente.