No Caminho da Solidão: Amizade

Demais triste perambulava,

No caminho daquela estrada,

Que aos poucos me levava,

Para um abismo sem um fim.

Encabulado até me olhava,

Sentindo-me tão indiferente,

Em perceber por muita gente,

Sentidas, olhando para mim.

Cego, não podia compreender,

Como podia chegar a tal situação,

Pois no peito no meu Coração,

Sentia em estável firmamento,

E em cada dia meu pensamento,

Fortalecia em plena convicção.

Parecia que era uma doença,

Levada a um médico próximo,

Que no seu, então, paradoxo,

Pra Cura, só havendo crença.

Procurei interno, me descobrir,

Aportar a alguma explicação,

Na Vida... o caminho é seguir,

Confiante, sem ninguém ferir,

Embalar o tempo com devoção.

Foi caminhando lentamente,

Que um menino encontrei,

Perguntou-me velozmente,

Que ali mesmo, o escutei.

“Por que estais triste, meu amigo?...”

Longo tempo, assim, passou,

Numa conversa que agradou,

E senti o que seria a Solidão.

Bem ali, no ponto da estrada,

Saudei o garoto que ensinava,

E trazia para mim a solução.

É simples, não um tormento,

Empregá-la pelos caminhos,

Buscando Paz, sem maldade.

É um verdadeiro firmamento,

simbolizada pelos carinhos:

“O valor de uma Amizade.”

Demais contente eu voltava,

Mesmo caminho e diferente,

Entre meio... a muita gente,

Pouco a pouco eu chegava,

Tranqüilamente me notava,

E Sentindo-me igualmente.

José Corrêa Martins Filho
Enviado por José Corrêa Martins Filho em 30/04/2011
Reeditado em 15/08/2014
Código do texto: T2940884
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