Aos meus amigos

...”Mas quem cantava chorou

Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou

Com seu canto que o outro lembrou

E quem voou, no pensamento ficou

“Com a lembrança que o outro cantou...”

É sempre doído se afastar da pessoa que você gosta, eu diria que é quase inexplicável, mas a música citada acima diz o que se sente, ou pelo menos o que eu sinto. Até eu que sou boa com as palavras (escrita), sinto certa dificuldade em descrever isso, até por que eu me emociono junto com o que vou escrevendo.

Um nó na garganta, frio na barriga, uma vontade enorme de chorar, na mente uma erupção de palavras, mas a boca não consegue emitir nenhum som, parece até que se você abrir a boca sairá um oceano de lágrimas. Foi o que aconteceu comigo, não gosto de despedidas, não gosto de me despedir.

...”O trem que chega é o mesmo trem da partida”...

Nunca tinha pensado nisso até ouvir essa música, e realmente faz sentido. Quando eu cheguei nesse ‘trem’, não conhecia nada, era insegura. Com o tempo passei a ter mais confiança, conheci pessoas, e o melhor, conheci pessoas que ficarão gravadas na memória e no meu coração.

Dedico esse texto a todos vocês, meus amigos que ficaram. Amizade, respeito, e confiança, três coisas que não podem faltar em qualquer relacionamento. Com o tempo que passei com vocês aprendi palavra por palavra, sentimento por sentimento o que elas realmente significam. Nesse tempo nunca me senti sozinha, e me senti assim porque eu sei que tenho amigos. E nesses quase quatro anos eu fiz alguns ‘amigos de infância’, pode até parecer loucura, mas é a mais pura verdade. Como dizia o poeta: ”A gente não faz amigos, reconhece-os”. Já falei (ou escrevi) isso antes e repito, eu reconheci cada um de vocês, e todos estão guardados no lado esquerdo do peito, trancado a sete chaves.

Peço desculpas aqueles cujo não me despedi, pois seria mais doloroso ainda, e agradeço a todos que se despediram, e que fique gravado aqui, eu nunca me esquecerei de vocês.

Mas não estou aqui para dizer adeus, e como um amigo disse nada de tchau, a gente se esbarra por aí...

Agora tenho que embarcar nesse ‘trem da partida’. Dói, mas é preciso, um pedaço de mim ficou, cuidem bem dele, pois quando eu voltar pego novamente. E apesar da distância, estamos muito perto, porque nós temos uma conexão que não cai nunca, é a conexão do coração. Muito obrigada a todos por estarem sempre do meu lado, seja pra farra, pra trabalho, ou pra compartilhar conhecimento! Obrigada mesmo! Até mais...

...’E quem sabe amigo, um dia a gente volte a se encontrar... ’

Manu Nascimento
Enviado por Manu Nascimento em 27/06/2011
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