AMIGOS
Quiséramos, Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro de nossos corações e nela pendurar, em vez de presentes, os nomes de todos os nossos amigos.
Os amigos de longe e de perto.
Os antigos e os mais recentes.
Os que vemos a cada dia e os que raramente encontramos. Os que são sempre lembrados e os que, às vezes, ficam esquecidos. Os das horas alegres e os das horas tristes. Os que, sem querer, nos magoraram, ou, sem querer, nós magoamos. Aqueles a quem conhecemos profundamente e aqueles de quem não nos são conhecidas a não ser as aparências. Os que nos devem e aqueles a quem muito devemos. Nossos amigos humildes e nossos amigos importantes.
O nome de todos os que já passaram pelas nossas vidas.
Uma árvore, Senhor, de raízes muito profundas, para que os nomes nunca mais sejam arrancados de nossos corações: de ramos muito extensos para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes: dando uma sombra muito agradável, para que a nossa amizade seja um momento de repouso nas lutas da vida.