O leão Ariel e minha filha
Vejam só!
Acabo de receber a mensagem abaixo.
Como vinha de uma pessoa conhecida, não me chegou como spam e trazia o número do celular do autor da mensagem, liguei para averiguar a procedência do caso (hoje em dia as coisas estão muito complicadas e mensagens de internet cuja procedência não pode ser verificada não devem ser levadas adiante).
Falei, então, com o Sr. Max Brandão Cirne, que me autorizou a veicular a mensagem aqui no RL.
Impressionou-me a disparidade de atenção dada a um leão e a uma professora, ainda que, segundo Sr. Max, a filha dele já começa a receber os cuidados a que tem direito após esta mensagem estar circulando.
De qualquer modo, creio que um animal mereça cuidados. Mas creio que o ser humano também merece.
Por conta disso, compartilho a mensagem com os colegas.
Cada um sabe o que e como fazer diante de situações-limites como essas.
Obrigado, colegas, pela leitura!
Wilson Correia
Íntegra da mensagem que acabei de receber.
“O LEÃO ARIEL E A MINHA FILHA
Max Brandão Cirne*
Ontem, a televisão anunciou a morte do leão ARIEL depois de padecer por muito tempo de paralisia das patas dianteiras e traseiras. Programas de televisão já haviam feito reportagens falando do seu sofrimento. Médicos veterinários se ofereceram gratuitamente para tratá-lo, se revezando dia e noite. Montaram uma UTI de última geração na casa em São Paulo, enquanto milhares de reais foram doados pelas pessoas. A imprensa brasileira e a de outros países noticiaram com grandes manchetes a sua morte e os canais de televisão deram grande destaque pela morte do coitadinho do Ariel.
Mas, afinal, o que tem a ver o ARIEL com a minha filha?
Ela está com sete cistos no cérebro que crescem na proporção de meio milímetro por mês. É uma professora com pós-graduação. Mãe de família, diretora abnegada de uma escola pública. Paga um plano de saúde chamado PLANSERV. Já teve negados 4 (quatro) pedidos [de atendimento por parte do] Estado da Bahia. Ela corre serio perigo de morte, segundo os laudos médicos.
A imprensa nunca a entrevistou. Ela não recebe nenhuma doação, iguais àquelas que abarrotaram a casa do Ariel. Nem estamos pedindo.
O médico cobra cem mil para operá-la. Nenhum médico se ofereceu gratuitamente para realizar a operação, nem para acompanhá-la dia e noite com aquela mesma abnegação dos médicos do Ariel.
Moral da história: neste país, é melhor ser bicho do mato que ser professor do Estado.
E ainda tem gente que sonha em ser professor...”
Contato: Max Brandão Cirne
Email: maxbrandaocirne@hotmail.com
Celular: (075) 8803-1829.
Cidade: Santo Antônio de Jesus, BA.