AMIGOS E COMPANHEIROS

E la ia aquele velinho morro acima.

Ia cansado, de passos curtos e ajudado por aquele cajado já meio roto e com a ponta já começando a rachar.

E ele embora cansado e tendo hora para chegar ao cimo do mor-ro ia de rosto feliz.

Tinha cumprido sua missão. A uns trouxera felicidades, a outros tristezas e aborrecimentos e para alguns, a vida e, para outros, a morte.

Era sua missão.

No começo, quando ainda criancinha, garoto ou jovem estranhara suas obrigações. A final todos deveriam ser felizes.

Depois foi compreendendo melhor tudo à sua volta, já era homem feito, estava na idade do lobo, na metade de sua vida.

Agora, na caminhada final, naqueles últimos onze quilômetros de serra acima e prestes a completar seus 365 anos de vida, via tudo com outros olhos.

Tudo tem de começar e acabar. A felicidade, a alegria ou a tristeza não podem ser para todos, tudo ficaria muito insípido.

A vida era assim mesmo.

E ele continuou subindo aquela rampa grande e íngreme, sabendo o que lhe esperava lá no cimo.

As vezes respirava mais fundo, era o peso dos anos vividos, mas jamais pausava em sua caminhada.

Tinha um compromisso.

La no começo, bem la traz, aquele garotinho já estava à beira da porta de entrada e seu lugar precisaria estar livre.

E é assim companheiros e amigos, conhecidos ou nunca vistos, para que uns cheguem outros precisam sair!

Para vocês que andaram comigo por toda essa caminhada e es-perando ser acompanhado nessa que se inicia, só posso lhes desejar um muito FELIZ ANO que se aproxima cheio de paz, muitas felicidades e compreensão!

É O QUE TODA A HUMANIDADE ESPERA DE NÓS.

REGIS BONINO MOREIRA
Enviado por REGIS BONINO MOREIRA em 31/12/2011
Código do texto: T3415677
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