A bruxa está solta para o meu lado.....

Meu queridos parceirinhos e minhas queridas parceirinhas, hoje resolvi escrever aproveitando os meus vinte minutinhos permitidos para o computador. Prestem muita atenção na historinha que vim lhes contar.

A protagonista como sempre, adivinhem quem é: Sou eu!

Muito bem, espero ser breve.....

...Sábado de Carnaval, minha filha mais velha deixou cair no chão um pequeno pedacinho de queijo minas que ela estava oferecendo para a nossa cachorrinha de nome Pretinha e como toda criança até limpar o local umedecido, demorou bastante a ponto da parceirinha aqui, meio que cegueta, tomar um escorregão daqueles que ninguém pode colocar defeitos.

Conclusão: Fui fazer esquindododô dentro do hospital Carlos Chagas em Mal. Hermes, é mole? Cheguei lá no carro do meu paizinho por volta das dezoito horas, horário de verão até então. Fui colocada na cadeirinha foguete e mais que imediatamente com todas as dores, fui puxada de costas para dentro do hospital como que para dentro de um vácuo ou redomoinho, sei lá! E eu lhes digo não estou sendo trájica de forma alguma. Vocês estão imaginando, mais ou menos? Hosital público, é uma bênção, não generalizando, mas o que tem de gente carinhosa e principalmente no carnaval para nos conduzir ou consultar com muito carinho, só Jesus e ponto final.

Caramba, não deu nem tempo de respirar! Me vi em questão de segundos diante do médico na sala da ortopedia. Virei com o puxador da cadeirinha uma "THE FLASH!" que nem o meu marido conseguiu me pegar nas curvas.

A perna em questão voava para lá e para cá, sem derrapar na contra-mão. O rapaz que me puxou sentia-se o tal do volante.

Finalmente ele parou...dei graças a Deus, mas quando ergo os olhos e me deparo com o doutor.....

Sábado de carnaval, médico com o semblante amargurado por estar preso dentro de um hospital só ouvindo gente gemendo de dor, enfermeiros todos atrapalhados, uns empurrando os pacientes para os outros e uma senhorinha cegueta chegando para lhe apurrinhar o cérebro depois de um dia exaustivo de carnaval lá fora e correria ali dentro. O homem estava uma águia ou arara, sei lá, na altura do campeonato, tudo virava pizza e samba, tamanha era a confusão naquele lugarzinho!

Como se já não bastasse....

De repente, nada mais que de repente...escutamos fogos misturados com tiros. Pensei: Já era, meu Deus! Povo alvoroçado, querendo sair do local, porta em frente aos olhos e o pessoal não encontrava a saída. Meu Deus, e agora? São os Clóvis dizia ou gritava alguém, já nem me lembro mais. (Famosos bate-bola) dando sinal de perigo, assalto ou a melícia- polícia na boca da área, não sei!

Sei que está uma mistura danada de homens que nem sei mais quem são ou o nome que devo dar a essa gente. Só sei que deveriam guardar o povo contra o perigo e isso não acontece mais.

Enfim, era um grande alerta, isso deu para perceber, certo? Durou meia hora, é mole ou querem mais?

A parceirinha aqui, cheia de dor, médico preocupado com a agitação do povo as horas passando, meu paizinho me esperando lá fora. Ninho chateado com tudo e com todos que não me davam atenção e eu dando milho aos pombos. O joelho doendo. Passada a meia-hora de suplício, tudo volta aparentemente ao normal.

Vida que se segue...

Eu querendo manter a classe e a boa educação, formação e estilo, mas cadê que o joelho deixava, hein? Elegância avec decadance, sacaram? Vocês já leram essa frase por aí, não leram? Ou alguém já falou para vocês é vem batida essa frase, mas que no momento exato se encaixou bem no momento em que eu vivia aquele tormento.

Me vi em papos de aranhas, era como se eu estivesse dentro de duas paredes e uma vinha no encontro da outra e eu sem forças para lutar ou separa-las. Virei um sanduichão, acreditem?

Após todos os "problemas hospitalares" terem sido solucionado a calmaria voltou ao local e o médico já podendo raciocinar melhor, graças a Deus voltou a me enxergar.

Pediu que o mesmo motoqueiro da cadeirinha de hospital me levasse à sala de raio x para ver em que pé encontrava-se a tal luxação. Lá fui eu, num pic sóóóó!!!!

Encontrando a sala do bendito e abençoado raio x o motoqueiro de plantão me deixou enconstada na parede, com os pés para baixo. Quando olho para os meu pés, não acreditei no que estava vendo. Pensei: Será que é o efeito do colírio que estou usando ou estou vendo direito? Perguntei para o Ninho e ele só balançou a cabeça em tom de reprovação. O joelho e a perna eram uma coisa só, parecia mais um pilão, sabiam? O pé estava dependurado por um bom tempo, tinha mais é que ficar enorme mesmo, certo?

Escutei meu nome e dessa vez o motoqueiro passou o comando para o Ninho, meu esposo. Meu coração ficou mais aliviado, pois nisso meu maridão é ótimo.Fiquei mais calma por instantes. O rapazinho que estava me esperando, por gozação do momento e da situação, era acadêmico também de plantão no hospital. Realmente eu fui premiada nesse dia e as horas passando, pois o tempo não perdoa.

Já eram quase vinte horas e o rapaz radiografou quatro vezes, pedi a ele o casaco de chumbo, foi a minha sorte, porque a rapaziada menos esclarecida levavam irradiação de montão sem saber do mal que aqueles raios poderiam futuramente lhes causar.

Continuando: duas das chapas ficaram péssimas e as outras duas tiveram ótimas resoluções. Maravilha! Entre os mortos e feridos, salvou-se euzinha para lhes contar essa história. Eu tinha que vir até o computador dividir com vocês que amo de paixão.

Para digitar essa história está aquela bênção, pois o pé e perna enfaixados, engessados e dependurados, devido o espaço entre a perna e a mesa é meio que complicado. Ando dura, pareço um robô ou será (robot)rsrsr. As noites estão sendo cruéis para mim. As vistas? Ah, se uso o colírio como agora vejo tudo lusco-fusco, embaralha geral, daí é que eu digo: A bruxa está solta, gente, cuidado o ano de 2007. Para mim começou joinha, espero que melhor, muito melhor para vocês. Tenho medo até de falar com todos nem que seja virtualmente falando. Sei lá se de repente digitando acerto alguém com o cotovelo? Já pararam para pensar nisso?!?!

Resultado do dia fatídico: Luxação com contusão no joelho esquerdo. Meia bota de tala com gêsso bem endurecido na panturrilha da garota. Essa garota, sou eu!

Falei para o maridão: Coloca cinco no cavalo, dois no veado e corre comigo até a sala do gêsso para que eu saia daqui o mais rápido possível. Assim, meu maridão dedicado e muito querido a mim, fêz.

Eita! O médico já me aguardava, só que dessa vez o homem queria ver o capítulo da novela das oito que estava pela metade e eu cheguei para atrapalhar seus planos e logo após viria as escolas de samba de S. Paulo, aí, danou-se!

Claro, ele passou o comando como sempre para as coitadas das enfermeiras que no caso são mulheres e que gostariam de estar no lugar dele assistindo o capítulo da novela, com todo direito, certo? Ele? Nem aí para elas e muito menos para mim, velha cegueta e chata. Então lá se vão a providenciar as talhas, muito chateadas das suas vidas.

Sobrou mais uma vez, para quem? Acertaram! Para euzinhaaaaaaa!!!!!!!!

Me enfaixaram a perna, com a mesma para baixo, joelho dois por dois de inchaço, pingaram de gêsso meu chinelo todo, me enrrolaram a perna da calça para cima, porque na agonia da dor o que eu vi primeiro pela frente foi o que eu coloquei e sai fora batida. O sangue foi ficando preso e a dor aumentava mais e mais e quando eu reclamava, diziam:

Calma, a Srª está tensa, quer tomar um cataflan?

Eu quase tive uma síncope, sabiam? A primeira providência desde quando cheguei e que viram o estado do joelho, já era a de ter me aplicado o tal do antiflamatório, concordam? Mas, não. me perguntaram no final dos finalmente, daí eu disse: Não precisa mais a dor superou a razão e agora que estou "ZEM", está tudo chuchu beleza!

Fomos liberados finalmente às vinte e duas horas, procurei sair o mais rápido possível do matadouro, melhor dizendo hospital e como se não bastasse, encontro meu pai sendo medicado lá fora por um enfermeiro de bom coração. Papai, ficou tenso com os fogos e tiros e a sua P.A subiu, subiu, subiu...e tendo que dirigir logo depois para mim.

E eu lá dentro sem saber de um nada. Poderia ter até perdido meu paizinho, que só ficaria sabendo na saída do hospital. Literalmente esqueci meu paizinho lá fora, devido a tantos infortúnios. Pôxa, só escutávamos gritos de dores, choros e lamentações.

Peço a Deus para que eu e nem ninguém precise daquele lugar pelo menos tão cedo nessa vida. Fui parar lá por ser carnaval e as ruas estarem congestionadas com os carros alegóricos, senão a história seria outra.

Parceirinhos(as) terei que ficar de molho por uns quinze longos dias, isso é se eu aguentar, porque a coceirinha está ótima. Toma-lhe pauzinho, para coçar a todo instante! kkkk!!!!

O melhor vem agora, porque devido o gêsso ter ficado mole, chegando em casa, percebi que na hora que eu entrei no carro do meu paizinho o gêsso só fez o certo, virou degraus, dividindo-se em minha panturrilha. O gêsso cedeu e fou descendo lentamente para o tendão de Aquiles, que de Aquiles não tem nada é o meu mesmo. Se vocês pudessem ver, iriam sorrir muito, mais parece um véu de noiva pesado em minha perna. Para me locomover tenho que me apoiar em alguém ou em um cabo de vassoura. E para tomar banho, hein? É uma gracinha, acreditem!

Por agora é isso aí que tenho de novidades. Voltar a escrever, por enquanto, nem pensar. Meu médico está viajando ainda, em meados de Março retornará e daí conto-lhes mais novidades. Agradeço ao Patrick pela paciência comigo. Assim que retornar, irei até o mural e lhe agradecerei de coração. Espero que daqui por diante cheguem em meu caminho, melhores situações, porque essa do carnaval deu para chatear pacas.

Obrigada a todos os meus parceirinhos e parceirinhas que me escreveram, obrigada pelo apreço, obrigada por não esquecerem de mim, pela dedicação e amor.

Retribuo nas minhas orações por todos.

Estou com muitas saudades, mas a palavra do Sr. diz que a nossa ansiedade, prejudica muitas das vezes de ganharmos as nossas bênçãos, melhor esperar e voltar com a vitória nas mãos.

Fiquem com Deus e lembrem-se: Sempre no meu coração, perto ou longe estarão......esse é o ínicio de uma canção antiga que dedico a todos que lerem esse humilde texto e quem for dos anos cinquenta, com certeza haverão de lembrar com carinho dessa música.

Mais uma vez, peço desculpas pelos erros ortográficos. Fazia tempo que eu vinha errando e ainda erro em concordâncias como agora, pois ainda digito com os olhos embaralhados devido o colíro, só não entendia o porquê? Agora entendo!

Agora com o problema nas vistas foi levantada a hipótese.

Já se passaram mais de vinte minutos, espero que tenham entendido a mensagem, já abusei do meu direito de escrita por hoje e da paciência de todos vocês, portanto, beijos carinhosos e fraternos em todos(as), até de repente querendo Deus. Fui Nessa!!!!!!!!!! Parceirinha de sempre e para sempe PretaCosta.

PS: Lembrem-se: Sempre que puder, virei visitá-los por detrás dos bastidores nesses vinte minutinhos que me são permitidos. Amo muito à todos, creiam!

Pretacosta
Enviado por Pretacosta em 01/03/2007
Código do texto: T397903