Manifesto Particular

E a vida volta a te inspirar, não segundo um padrão rígido de recomeço ou de volta, a vida volta a te inspirar novamente, como nunca foi antes, e essa sensação é doce.

Quanto mais a existência se transforma com o que chamamos de tempo, mais vejo que a vida é nobre em alguns objetivos, que talvez a vida não seja somente uma inconstante luta por sobrevivência com uma consequência póstuma, talvez tenha outras intenções, como ensinar alguém, usar as experiências para que sejam úteis para outrem, visto que pra mim não são, que minhas experiências servem-me, no máximo, para viver histórias que não deram certo ou que já evoluíram, afinal o tempo se encarrega das transformações, tanto boas quanto ruins.

Este texto é, ainda, um manifesto particular, porquanto que uma carta é algo muito extravagante em sua direção e intimidade, um manifesto com sua característica abrangente, geral, universal, dissimula um pouco a direção retilínea que essas palavras em uma carta teriam...

Enfim, venho dizer que por mais que o amor me decepcione, que certas pessoas me decepcionem, que certos contextos e circunstâncias me deixem pra baixo e façam pensar que a vida é algo aleatório jogado ao acaso dos acontecimentos; ela possui certas sutilezas e ações, que deixam a existência um pouco extraordinária, menos matemática, com objetivos paralelos, e você é minha linha paralela, um motivo que corre junto às metas.