COMPANHEIRISMO E AMIZADE
 

Você sabia que há 20 anos atrás uma pessoa adulta tinha pelo 3.5 amigos de verdade com quem podia dividir suas alegrias e tristezas e que hoje essa média caiu para 2? E que pelo menos ¼ delas não tem ninguém a quem possa ser dado esse título? Esse foi o resultado de um levantamento realizado por um instituto americano de pesquisa de comportamento. A mesma pesquisa apurou que uma pessoa normal – e normal aqui é aquela que não rasga dinheiro nem sai atirando a esmo nas outras – tem, em média, pelo menos 750 conhecidos num universo de parentes, amigos íntimos e conhecidos de todo tipo (de vista, nome, etc). Mas não se encontrou ninguém que apontasse pelo menos 5 pessoas em quem realmente pudessem confiar suas intimidades ou revelar algo de pessoal.
Você se lembra quando isso era feito até com ocasionais companheiros que se encontrava em um bar e depois de meia hora de converse a gente já estava trocando confidências? Hoje, essa doce camaradagem já está sendo difícil de encontrar até mesmo entre parceiros da vida – como deveriam ser maridos e mulheres – e inclusive sócios ou pessoas que comungam de mútuos interesses.
Mudou a amizade ou mudamos nós? A pesquisa mostra também que os mais solitários estão entre os jovens universitários que terminaram a faculdade e perderam contato com os colegas e entre os aposentados que trabalharam a maior parte das suas vidas profissionais em uma única empresa. A grande maioria não conseguiu fazer novos amigos e foram principalmente as pessoas de meia idade – 50 a 60 anos – que encontraram maior dificuldade para se relacionar com pessoas desconhecidas.
Essa queda no nível da amizade vai se agravando pelo declínio das atividades comunitárias, tais como a freqüência às igrejas, clubes, atividades esportivas, etc. Você se ainda se lembra como era bom aquele futebolzinho dos domingos, os bailinhos de fim de semana, o flerte nas praças e nas quermesses, o velho papo descompromissado dos barzinhos?
Ah! Não diga que tudo isso acontecia por que você era jovem e tinha tempo e disposição para isso. Atividades comunitárias não são privilégios de quem tem vinte, quarenta ou sessenta anos. Podem ser praticadas por quem quiser e tiver vontade. Não precisa envolver necessariamente esforço físico.
Essa mesma pesquisa mostrou que a confiança entre colegas de trabalho declinou de 29% (dados de 1990) para 18%, em números de 2010. E que a competição é a principal responsável pelo alargamento na fenda da amizade e pelo declínio da confiança entre as pessoas.
Pense bem nisso e se você ainda não sentiu nenhum prazer em assistir o Big Brother, para ver como as pessoas conseguem exercer suas habilidades psicológicas para derrubar os adversários, então talvez possa ajudar a nossa comunidade a recuperar a velha cultura da amizade. Cultive esse velho e bom hábito antes que ele desapareça por completo. E o melhor lugar para começar a fazer isso é um clube de serviços. Conheça um Lions Clube. Amizade e companheirismo ainda têm costume de bater ponto por lá.