Amizade e amor na fé.

"Amizade deve ser soma, gargalhada, brilho nos olhos e ritmo no coração. Caso não nos faça a mínima falta, caso não nos procure sem razão, nenhum relacionamento pode ser tido como verdadeiro. É preciso poder contar com alguém que permaneça ao nosso lado, mesmo após conhecer nossas escuridões, pois é essa sinceridade que sustentará nossos ânimos nas noites frias de nossa alma." Autor desconhecido

Muitas vezes precisamos que reconheçam nossas mazelas e não nos abandonem, pois nem sempre sabemos que somos assim.

E amigo que é amigo, fica do nosso lado e fala na cara, nosso erro, sem abandonar. É no erro que mais precisamos de ajuda.

Foi assim comigo quando eu me afastei, errei feio sem querer, sem intenção de prejudicar, com uma amiga, estava doente e não sabia. Estava com a síndrome do pânico em 2008 e fiz escolhas muito erradas. E assim perdi um grupo inteiro de amigos. Perdi uma família de coração inteira. Quando tentei reaproximar era tarde, perdi a confiança deles.

Hoje depois de oito anos, mais consciente reconheço que errei, mas também consigo ver que no momento precisava mais de compreensão que julgamento. Precisava de amor, precisava de alerta, precisava de amigos.

Pouco tempo atrás comecei a ter os mesmos sintomas: fulga, isolamento. Tudo recomeçava era a depressão vestida de pânico de aglomeramento, de estar perto de gente. Mas minha família, minha família umbandista. Minha mãeinha e meu pai não deixaram eu fugir. Olharam em meus olhos e falaram diretamente a minha falha. Não julgaram minha atitude emocional, a doença. Alertaram me sim, levaram me a entender minha visão, a qual não deixava reconhecer que eu estava deixando a depressão me levar para longe de todos.

Buscaram me usando o amor de mãe e pai de verdade.

Hoje sei que não perderei mais outra família do coração.

Como mãe diz: " sangue faz parentes e amor faz família". Hoje eu tenho amigos e família que não me deixam sucumbir a terrível e fatal depressão. Eles, a minha "família" me indica o caminho, buscamos solução juntos, com tratamento adequado. Se precisar usarei medicação fitoterapia e alopatia, mas não deixaremos a depressão e a síndrome do pânico se instalar.

Juntos somos mais forte que esta doença tão discriminada e incompreendida.

Perdi uma família inteira, um grupo inteiro de amigos, eram os únicos que eu possuía. E isto, quase foi fatal.

Em 2009 cortei meu pulso. Mas a vida me queria viva para me dar uma nova família, novos amigos, nova vida plena e certa que a felicidade está em tudo e em todos. Obrigado meu povo da espiritualidade, obrigado meu povo do Templo Espiritual Rosa Branca.

Acima de tudo obrigado mãe e pai de adoção por amor por fé. Janeiro 1016