Solte-se, meu amigo... Isso faz bem!

Seus olhos... atormentados, buscam, intermitentemente, em algo ou em alguém. um rumo, um destino, um norte.

Seu porte, aparentemente calmo, movimentos comedidos, não conseguem camuflar, a ansiedade, que teima em transparecer no pulsar irrequieto de suas agitadas veias.

Ó alma, que anseia por vagar livremente, alforriada das algemas invisíveis de uma formação autoritária, que imprimiu, a ferro e fogo, marcas indeléveis no seu espírito, mas que se julga indigna de sorver o cálice do delicioso néctar da felicidade.

Pobre ser, que se impõe tantas exigências, que, inconscientemente, se priva de direitos inalienáveis, em nome de uma vida de faz-de-conta, onde preponderam a responsabilidade, o esforço contínuo, a eterna busca da perfeição, as cobranças auto impostas...

Já desperdiçados tantos anos, sem realmente serem vividos, repelindo a felicidade em nome do dever, da honra, do sucesso, da aprovação de seus pares, assume um papel fictício, feito " Homem que vive como se fosse eterno... e morre sem ter vivido" (Plagiando Dalai Lama).

Ainda há tempo, meu amigo. Solte as amarras. Vá em busca do que, realmente, lhe dará plenitude. Abandone -se à vida. Deixe-se levar ao sabor das pequenas e grandes alegrias. Cobre-se menos. Dê-se o direito de errar... pelo menos um pouquinho. Jogue fora o leme e deixe-se conduzir pela vida. VIVA!!!