REZAR COM SIMPLICIDADE
REZAR COM SIMPLICIDADE
Os discípulos de Jesus foram orientados a não rezar como os gentios que pensavam
poder convencer Deus e atrair seus favores, à custa de muito falar. Existia,
também, os que se dirigiam a Deus em altos brados, como forma de se fazerem
ouvir. Apesar de o Mestre ter atribuído esta forma de rezar aos pagãos, o que
ele estava condenando, agora, era a forma acintosa de rezar, praticada por
certos fariseus. Quem se vangloriava da própria prática religiosa, estava longe
de rezar de maneira conveniente. Faltava-lhes rezar com simplicidade.
A oração que Jesus colocou nos lábios dos discípulos pode ser definida como a
oração dos simples. Por um lado, ela é calcada na absoluta confiança no Pai, de
quem se espera tudo, por saber ser ele a fonte de todos os bens. Por outro lado,
suas palavras correspondem ao que é essencial na relação do ser humano com Deus,
com o próximo e com os bens da criação, de modo especial, o pão cotidiano.
Seria um erro fatal confundir a oração ensinada por Jesus como escola de
conformismo e alienação. O que o discípulo orante fala ao Pai é o que busca
colocar em prática no seu dia-a-dia. Ele deve ser o primeiro a santificar o nome
de Deus, a empenhar-se para que seu Reino aconteça, a fazer a vontade divina.
Será sempre o primeiro a partilhar, a perdoar e a esforçar-se para não ser
levado pelo espírito do mal.