O amor e suas nuances

Dizem que a partir do momento que se começa a quantificar e a conseguir definir não é mais amor, já virou acessório. Mas como humanos, procuramos definir tudo porque senão pensamos logo que não vale a pena já que é indefinível.

Amor é um sentimento. Sim, mas que tipo de sentimento? Bom, ruim, alegre, triste. Parece-me que é um sentimento que abrange todos os outros. É como se fosse o conjunto dos números complexos, o qual abrange todos. Não é à toa que dizem que o amor é a força que move o mundo.

É tão complexo de um jeito que tem várias divisões como o amor maternal, fraterno, carnal, a amizade, dentre tantos outros. Se bem que amor é sempre amor, acho que só muda a quantidade. O que me leva a outra pergunta: Só amor de mãe é incondicional? Eu sou levada a acreditar que sim por ver tantos exemplos de mães que tem filhos (bandidos de alta periculosidade) e, tendem a achar que o filho é a mais santa das criaturas. Ouvi opiniões contrárias com bons argumentos e tudo o mais, mas, ainda acredito que só amor de mãe é incondicional!

Será que Renato cantou certo quando disse “o pra sempre sempre acaba”? Acho que ele não levou em consideração tantos relacionamentos duradouros como o de meus pais, 32 anos de AMOR que começou numa ida ao cinema para ver “Love Story” (nada mais sugestivo). E se por um descuido acabou? Será que não era AMOR? Era só uma paixão? Eu tenho minhas dúvidas, até acho que se pode ter mais de um amor (não ao mesmo tempo é claro), pois eu parto da premissa que o ser humano vive em constante transformação, o que ele acha hoje pode não ser o que ele achará amanhã. E outra, pode acontecer que o alvo do seu amor chegue a falecer, como é o caso de minha mãe, se ela arranjar outro amor isso quer dizer que ela não amou o meu pai? Longe de mim achar isso, já que para passar e construir toda uma vida ao lado de uma pessoa, não pode ser só por comodismo, tem que ter amor para ser o alicerce.

Amor é aquele sentimento que te leva a ter mais cuidado com o outro, sofrer com ele e por ele, ter raiva quando sabe que o outro vai se dar mal e, você não pode fazer nada para impedir, é ficar alegre quando o outro está alegre, em síntese, é sentir o que o outro sente e tentar protegê-lo de todos os males do mundo.

Será que um sentimento tão bonito pode levar a um sentimento tão terrível quanto o ódio? Somos levados a acreditar que o amor e o ódio são um paradoxo, o melhor seria dizer que o ódio é a hipérbole do amor, explico-me, chega-se a amar tanto mais tanto que quando o outro não atende às expectativas, você fica fulo, mais tão fulo por ter desperdiçado tanta energia para nada que acaba causando o ódio. É uma relação meio longa e um tanto quanto louca, mas acaba dando para perceber uma certa relação de sentido.

É... o amor causa muitas sensações, as quais temos que aproveitar, pois sem essas sensações acabamos tendo um tipo de morte em vida. VIDA só é VIDA em toda a sua plenitude se tiver o amor.

Tenho que concordar , realmente o amor, seja ele de que tipo for, é a força motora do universo.

E de tudo isso, a conclusão que eu chego é que o amor tem a sua definição em sua complexidade indefinível, ou seja, só vivenciando o amor é que você o entende. Não chega a defini-lo mas sim a entende-lo!

Autoria: Olga Caroline (Olgashion)

Data: 11/11/2004