"ELE NÃO PESA, ELE É MEU IRMÃO"

“Ele não pesa, é meu irmão”.

Essa frase é de uma linda música que ouvi e que me levou a refletir muito.

Nós, cristãos, acreditamos ser filhos do mesmo Pai e de acordo com essa convicção, somos todos irmãos.

Deus nos fala através do Livro Sagrado que devemos amar o próximo como a nós mesmos, o que significa fazer por eles o que para nós desejamos.

Dá pra imaginar um mundo assim?

Um mundo onde amássemos a todos sem exigências pessoais, que nos doássemos num exercício permanente de renúncia e de humildade em benefício dos demais, do nosso próximo?

Um mundo onde um irmão fizesse mais pelo outro sem se sentir carregando fardos indesejáveis?

Existem inúmeras situações que ilustram essa falta de amor e poderiam ser citadas como exemplos, sem nem mesmo precisarmos sair das nossas aconchegantes casas para constatarmos os “pesos” que dizem carregar os próprios irmãos de sangue.

Vamos voltar nossos olhares aos idosos que temos em nossas famílias ou até mesmo lá em casa. Quantas vezes já ouvimos alguém dizer que eles são “pesos” em suas vidas. Temos que levá-los ao médico, administrar seus remédios, fazer comidinhas diferentes, acompanhá-los ao banheiro, banhá-los, entre tantas coisas mais. Às vezes convertemos esses citados pesos até em “pesos invisíveis”, pois quantos de nós passamos por eles sem notá-los. Não observamos que seus olhares estão tristes, que eles pedem companhia, que eles querem fazer parte da nossa mesa, que eles querem beijar o bebê da casa, que eles anseiam em fazer um passeio com a família, que eles querem que alguém leia uma notícia ou um livro para eles... que eles querem ser notados e amados.

Realmente, precisamos dispensar a eles um tratamento diferente, mais cuidadoso, mais atencioso, mais paciente e que às vezes vai além até das nossas forças físicas, mas daí a tratá-los como “pesos” é não reconhecer o quanto já foram nosso porto seguro, o quanto nós já dependemos deles, o quanto já trabalharam para nos dar sustento, o quanto já construíram concretamente para nos dar aconchego físico e emocionalmente para que nos sentíssemos seguros.

A família de sangue é o melhor lugar para exercitarmos o amor e se dentro de uma grande parte delas o amor está ausente, o que esperar então daqueles que não possuem laços de sangue, mas que não deixam de ser irmãos, mediante a lei de Cristo.

Esse texto começou com a frase “ele não pesa, ele é meu irmão” e eu o convido, caro(a) leitor(a) a refletir sobre ela, lembrando que cada novo dia te traz um leque de situações onde só você pode decidir pela opção de praticar o exercício do amor e quem sabe chegar a carregar um dos teus irmãos podendo repetir essa tão linda frase “ELE NÃO PESA, ELE É MEU IRMÃO”

Anamauer

25/07/2009

15:41 horas