O Amor (Ao Mal de Alzheimer)

Conta-se que certa tarde de domingo, um homem nos altos dos seus 40 anos com a família reunida em volta a mesa para o café daquela tarde se colocou a falar de uma enfermidade que vinha a permanecer com ele e que a cada vez mais iria comprometê-lo em sua vida familiar, amigável talvez até amorosa. Contando ali que começava a sofrer o mal de Alzheimer.

Olhando aos olhos de sua esposa começou a falar com lágrimas que escorriam do seu rosto já tomado pela emoção e pela tristeza “querida esposa hoje sei quem tu és, mas amanhã talvez não saiba mais quem tu és para mim, não farei isso por mal, nem por rancor, tu sabes bem que não farei por nada disso, mas se a doença começar a se agravar quero deixar bem claro hoje, que eu te amo e pra sempre vou te amar, e mesmo com esse mal que poderá fazer-me esquecer quem tu és para mim, vou sempre continuar te amando, pois meu coração sabe e sempre saberá quem tu és em minha vida e sempre vai ser” E assim deu um forte beijo e um abraço em sua esposa que soluçando não sabia o que dizer.

Logo depois começou a falar a seu casal de filhos que por excelência de Deus também eram gêmeos “Filhos, vocês foram e sempre vão ser o meu maior presente que Deus tens me dado, mas se amanhã pelo acaso e não mais souber quem vocês são, mesmo sendo frutos do amor de sua mãe e eu, não quer dizer que estarei amando-nos menos, mesmo quando caso eu pergunte seus nomes por vezes que me referir a conversa com vocês, e se eu chamá-los por nome e não como filhos, não se preocupem, podem me chamar de pai do mesmo modo que me chamam todos os dias, meu amor por vocês não se limitará por base de uma doença, mas sim pelo próprio amor indo além de tudo, eu amo vocês, lembro-me do dia que a felicidade veio ao meu encontro que era o dia, a hora de seus nascimentos, mas se acaso a memória me fazer esquecer, no coração estarão guardado tudo isso, mesmo quando eu não mais esboçar nenhuma reação ou demonstração disto, pois papai ama muitos vocês, e mesmo assim de algum jeito NUNCA vou esquecer de vocês e de você minha querida esposa”.

É ouvindo as palavras deste pai que nos perguntamos, onde mora o amor? Se é verdadeiro? Se existe de verdade?

É difícil para quem é vitima desta doença se recordar das pessoas que o amam, mas não é nada difícil para nós sabermos quem é esta pessoa para nós. Como diz uma mensagem que ouvi e diz algo assim “devemos sempre conquistar esta pessoa, conquistar seu carinho amor, o fazendo nos amar a cada dia que passa, que mesmo esta pessoa sendo incapaz de reconhecer pessoas, lugares, que perde a capacidade de caminhar e sorrir. O espírito fica preso dentro do corpo enfermo e perceptivo a tudo que acontece ao seu redor, mas não é capaz de se expressar, porém não fica insensível a atenção, ao afeto, ao carinho ao amor.”

E para terminar deixo aqui linda frase que ouvi e deixa bem claro o que é o verdadeiro amor e é este o amor que devíamos querer em nossa vida pois “o verdadeiro amor não se reduz ao físico nem o romântico, o verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e do que já não é.

Créditos: Mensagen Espiríta, No qual me inspirei está mensagem

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Xande de Matos
Enviado por Xande de Matos em 06/05/2010
Código do texto: T2240452
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