AMOR CIGANO
RECORDANDO O PASSADO

 

 

Esta é uma verdadeira e apaixonante história de um povo que encheu a terra de alegrias, e belezas jamais vistas antes, que ficaram marcadas para sempre na vida deste planeta terra.

 

Nômades, andarilhos, os Ciganos, não tinham pátria.

 

São chamados filhos do vento.

 

Raça pura de gente de honra e dignidade incontestáveis.

Determinados, rebeldes, arredios, natureza forte, não se quedavam aos obstáculos.

 

Eram mais que tudo a mais pura paixão.

 

Com seu poder de atração irresistível, os Ciganos eram queridos, amados e recebidos por todos com apreço e boa hospitalidade.

 

Mutantes, em busca de tempo melhor, saíam em busca de lugares onde a primavera estivesse a florir os campos, as plantações férteis lhes propiciasse o sustento, e o frio menos agressivo.

 

Os homens Zíngaros, trajavam vestes em sedas coloridas, lenços na cabeça, faixas também coloridas na cintura e botas, belíssimas botas que a cada passo faziam reluzir as fivelas de prata. Amantes do ouro, eram carregados de jóias.

 

O riso de ouro fazia realçar aquela beleza típica dos Ciganos.

 

Porte viril, hercúleo dava-lhes um realce à beleza máscula, no que se refletia o grande poder de sedução e conquistas.

 

De seus olhos negros exalava contagiante força, e fascínio apaixonantes.

 

Ao contrário do que se afirma, os ciganos são homens de índole impecável, e obedecem às suas Leis que são extremamente rígidas. São trabalhadores, artesãos e exímios comerciantes.

Viviam em tendas enfeitadas com cetins coloridos, ambiente onde exalava o perfume da alegria de um povo, simples, livre, cujo limite é o infinito.

 

Moravam também em suas carroças engalanadas de flores e tecidos estampados com cores fortes. Tudo combinava com o temperamento ardoroso e apaixonado desse povo, o mais lindo da raça humana.

 

As mulheres, ah! As Ciganas, Deus, quanta beleza, quanta graça! Eram a mais pura magia, sedução e encanto!

 

Verdadeiras filhas dos Deuses!

 

Com suas longas e rodadas saias, de todas as cores; corpo esbelto, cinturas torneadas o que lhes facilitava gingar o corpo numa dança tão fascinante que atraía todas as pessoas, homens e mulheres.

 

Em seus cabelos ora soltos, ora afivelados em belas tranças usavam véus de cores fortes e rosas perfumadas.

 

As Ciganas eram mulheres muito espertas, inteligentes ao ponto de conseguirem driblar a qualquer um com sua fala contagiante.

 

A tradição cultural desse povo encantador, dava-lhes a capacidade de ler o destino das pessoas na palma da mão, faziam previsões, deixando os consulentes pasmos e felizes com a fala das Ciganas.

 

Entre as Ciganas havia sempre uma escolhida pelo Rei, chefe da tribo, para desempenhar o trabalho de Cigana Profetiza.

 

A esta ficava a responsabilidade de guiar e buscar nos mundos espirituais as orientações que lhe fossem solicitadas pelos membros da tribo.

 

 A Cigana Profetiza era orientadora espiritual e também dos caminhos terrenos materiais.


***

Certa época, quando se deslocavam da Rússia para a França, onde a vida junto a natureza seria menos agressiva, passando pelas montanhas nevadas dos Alpes, tiveram sérios problemas.

 

A viagem muito difícil, a neve caía sem piedade e por algum tempo tiveram que ficar “acampados”ao relento o que causou enfermidades levando a morte grande número de Ciganos e Ciganas.

 

Aconteceu o pior. O Velho Rei, Chefe da tribo não conseguiu vencer a enfermidade.

 

E aquele povo cuja marca era alegria, em luto, ficou completamente sem rumo; desorientados.

 

Naquela mesma noite, os Ciganos se reuniram e consagraram Rei o filho mais velho do Chefe que partira.

 

A Cigana Profetiza aconselhou ao novo Rei que deveriam seguir viagem mesmo com alguns ainda doentes.

 

Ela previa coisas ainda mais terríveis para seu povo. Algo muito trágico estava para lhes acontecer.

 

Submisso à Sacerdotisa, o Rei convocou a todos e seguiram rumo a uma pequena cidade francesa, onde já haviam se instalado tempos atrás, com seu velho pai.

 

O perigo estava exatamente nas paragens daquela cidade, aparentemente inofensiva.

 

Descrever a beleza daquele lugar torna-se desnecessário, ante ao espetáculo que iria em breve se desenrolar, exatamente com aquele povo tão bom e de beleza interior que a nada se comparava.

 


*** A seguir parte II ***




*** Não deixe de ler as partes  II e III 

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