Mulher de Mil Tons

Branca, o amor mais amigo que me apareceu, sinto seu ciúme, rio, rio, rio, você me pergunta: É ela? O que posso responder: você é o amor mais amigo!

Buscar o significado do seu nome, que aqui, está como apelido, apelido sonoro, ao qual sempre imploro, com uma lágrima nos olhos. Já te ouvi muitas vezes, mas com certeza vou me perder no seu particular. Ainda lembro de você na avenida, nos coqueiros, nas barracas, no meio-fio, cantando, variando, como louca, atrás da roupa, roupa única, que é a minha túnica.

Hoje estou dopado, com muita dificuldade me arrasto por estas linhas, linhas da palma da mão, traçadas no desatino, da verdade do destino. Destino, eu o faço, eu o traço, durante este tempo vou passar, a desafiar meu olhar: quero uma musica compor, para seu nome expor, a musica tem rima, como todos seus sons, ó musa, mulher de mil tons.

Sou um menino rimado, sou um menino versado, sou um menino mimado, sou um menino, com um segredo alado. Um dos segredos está no recanto das letras, um dos segredos é o meu poema. Para você vou dedicar, de acordo com o que sei, poesias, cartas, um livro, de acordo com o que sonhei.

O sonho verdadeiro, o sonho pioneiro, se confunde com suas pernas, das mulheres mais ternas, o sonho vive em mim, não é sofrido assim, para quem desconfiar, não poderei agradar, pois se tenho em meu destino, esse doce desatino. Destino, eu o faço, eu o traço, o tempo é uma ilusão, agora pode ser nunca, como também pode ser não.

O agora vou buscar, para meu sonho acordar, uma mulher a me olhar, seus olhos estão a se multiplicar. Você sabe que hão de cruzar, as minhas pernas com outro olhar, um olhar erótico, um olhar exótico, um olhar devasso, um olhar cabaço. Com as virgens vou me deitar, se tenho tempo para me criar, ao seu lado chegarei, sendo sempre como antes sonhei.

Preciso meu amor esculpir, para o diamante tinir, temos tempo, temos espaço, para mais esse regaço. Sei que vais ficar com ciúme, ao ver uma ninfa no meu cume, você pode, você deve, proteger eu em breve.

De você quero falar, sua inteligência contrastar, com mulheres de baixo nível intelectual, às quais não cabem num lual. De você quero falar, com sua voz vou cantar, a beleza do lesbianismo, do puro homossexualismo, até onde você vai? A este sonho digo: ai, ai, ai...

Tenho tanto a falar, mas numa página vou deixar, esta beleza a clamar, sua face a me roçar. Roça, roça, se enrosca, o tempo é uma ilusão, já vivi amores fugazes, que minha vida não deixaram, vamos viver, vamos vencer, o tempo está a correr, se alguém não me entende, a verdade não compreende, para de vez finalizar, vou com tudo paquerar.

Vinicius Caetano
Enviado por Vinicius Caetano em 09/12/2006
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