POEIRA DE VENTO

A grandiosidade da vida às vezes

Ilude o individuo, Raimundo.

E iludido o “menino” disse:

“Solidão demais é poeira que o vento

Não desfaz!”

Solidão demais é "ventos"

Que sopra em toda direção

São ventos que não juntam, esparramam!

São Ciclones e Anticiclones

Que se batem e destroem!

No mundo, o lugar com ventos mais intensos

É a costa do meu coração.

Lá os ventos que sopram,

São brisas que aliviam

Que atuam como agente de transporte efetivo do amor,

Que intervém na polinização e no deslocamento dos amantes.

O meu coração é a Patagônia da minha'lma,

O norte da minha existência,

Eu sou simplesmente a poeira de vento,

A brisa que refresca, que acaricia, que suaviza!

A poeira do vento é vento, mas não é vento.

Sopra, mas não espalha,

Está sempre juntando, aliviando, agasalhando;

A poeira de vento massageia, ampara, sacia e conforta.

O amor de vocês é o biruta que mede a minha direção,

O anemômetro que registra a velocidade desse bem-querer

E a Escala de Beaufort que determina a intensidade desse amor!

Minha querida Sandrinha Honnor,

Foi você quem disse que eu sou...

POEIRA DE VENTO...

RAYSAN DE SOUZA
Enviado por RAYSAN DE SOUZA em 22/02/2007
Reeditado em 30/09/2012
Código do texto: T389682
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