Amor

Amor.

Debaixo de tênues raios de luz, ele está indo, adentrando

pela floresta de outono e quase não o percebo mais.

Ele foge, amedrontado pelos raios de sol que querem sair.

Nada quer ver, nem ouvir. Nenhum barulho!

Nem de galhos pisados , por um pássaro perdido,ne de um

riacho correndo alegremente.

Nada. Ele não quer ver, nem ouvir nada.

Está cansado de tanto ofertar, sem nada para receber.

Chegou a um ponto tal que só queria um verdadeiro esconderijo, onde estivesse a salvo, de tudo e de todos.

Não, nada quero, nada sinto e nada vejo. Fiquei surdo, cego e

perdido.

Só quero fugir, por esta floresta encantada, sem ninguém me ver.

E assim falando e pensando, ia-se embora,quando me encontrou.

Era o meu amor perdido que eu estava procurando e não o achava, pois ele estava fugindo.

"Que quer"? -Disse-me ele." Quero você para sempre, para companhia, para ser o meu amado".

"Onde estava"? Perguntou-me.

"A te procurar."

E nesse jogo de encontros e desencontros, nos aproximamos.

Ele, o meu amor. Eu, o seu amor.

E assim, ele não mais fugiu.

Ficou comigo

Viveu comigo

Amou-me

Beijou-me.

Já era noite.

As Estrelas foram a única testemunha desse encontro entre dois seres perdidos:

O amor e eu.Eu e o amor

E nunca mais se perderam, pois haviam se encontrado,depois de muito se procurarem.

E, assim, nasceu o Meu Amor.

Eda Carneiro da Rocha.

Poeta Amor
Enviado por Poeta Amor em 13/08/2005
Código do texto: T42404
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.