De tudo o que eu não sei

Não tentem, nem queiram tentar, entender. Mas, às vezes, independente dos momentos adversos, independente das dificuldades; independente se o filme será o mesmo, a música repetida, lutar pelo que se quer, pelo que sempre se sonhou, nunca será a escolha errada. Em um relacionamento, quando se quer que ele vá adiante, é preciso uma boa dose de coragem - ainda mais sabendo que poucos o querem. É necessário saber quando falar, quando calar; quando ouvir. É necessário saber quando cobrar, quando ceder. É ainda mais necessário uma dose enorme de flexibilidade, uma ainda maior de compreensão. Saber expor seus desejos, bem como ouvir os anseios do outro. É preciso que se ouça o que o outro sonha, o que ele almeja pra si. Mais necessário se faz ter a coragem pra ouvir verdades, discernimento para aceitar o que não se pode mudar, sequer evitar. Nesse momento não quero dar uma aula de como conviver com quem se ama. Mas hoje, prestes a completar 28 anos, vejo que muitas de minhas convicções de anos atrás continuam as mesmas. Algumas tenho que mudar, adequar à minha realidade, à minha personalidade. Outras, sei que tenho que, ao menos, fazer com que não atrapalhe o que quero e espero de minhas relações. Principalmente aquela que quero manter. Não para sempre. Hoje em dia seria utópico demais. Mas pelo tempo suficiente para eu saber, sem sombra alguma de dúvida que, em algum momento de minha vida, eu fui o cara certo, no momento certo. Somando os sonhos, diminuindo os infortúnios, multiplicando a esperança e dividindo as realizações. Esses são alguns dos pensamentos de alguém que sempre acreditou no amor, na amizade, no companheirismo, na lealdade. Pensamentos que, algum dia, podem ser perdidos. Ou mesmo levados até seu último suspiro. Mas, quando esse chegar, tenho a certeza de que, não importará o quanto sofri, o quanto insisti, o quanto lutei. Importará sim, o quanto eu amei. E mais ainda, o que de fato terá valor pra mim, será a ciência de que fiz tudo o que pude, realizei tudo o que tenha sido possível. Que do amor, eu jamais tenha desistido, afinal quem desiste do amor, desiste da vida. E, não importa quantos anos eu viva, sempre considerar-me-ei novo demais para desistir do sentimento que, em minha opinião, é o mais nobre, puro, incondicional e bonito de todos os que eu já conheci.

TJ Torres
Enviado por TJ Torres em 19/09/2014
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