Não deixe seu amor partir

Fábio e Denize brigavam muito, eram um casal de personalidades opostas, ele tranquilão, pacato, na dele, gostava de ficar na sua zona de conforto, não precisava de muito para viver, seu mundo era o seu lar, e sua nova família. Ela era independente, ousada, agitada, queria ganhar o mundo, vivia comprando coisas, mudando os móveis de lugar, fazendo novos projetos profissionais...

Dos encontros e dos relacionamentos, para que se tornem prósperos temos que investir energia, ouvir, calar, dar a mão, estar por ali, existe uma necessidade de troca.

No relacionamento amoroso, não tem isso, de só dá certo com alguém que pense igual a você, vai depender do que você está disposto a investir, a ceder. Quando a paixão vem, ela simplesmente vem, algo te fisga, você não sabe o porquê, não escolhemos por quem nos apaixonamos, parece uma magia.

O amor, e seus enlaces tem disso, um olhar, o jeito de falar, o tom da voz, a veracidade e alegria como se ver a vida, o jeito contagiante como rir, até os defeitos nos fisgam, a gente gosta e pronto! O casamento dos dois, provavelmente estaria fadado ao fracasso, porém, é importante saber administrar à relação, como o parceiro funciona, suas demandas, como é o motor dentro dele, olhar a engrenagem, apertar um parafuso, colocar um óleo aqui ali... para que uma relação dê certo, devo então, olhá-la de fora, analisar as personalidades.

Esqueça isso de, a gente só dá certo com quem tem afinidade, em uma relação, ao qual, os sujeitos são diferentes, trafegam em sintonias opostas, ambos podem amadurecer e crescer juntos, dá até mais emoção. Ver as adversidades, as divergências, e saber trabalha-las e fazer dar certo, o amor é isto! tratasse disso!! uma aposta, querer e fazer acontecer. Hoje em dia, o que mais vejo são dicas, nessa pegada: deixe ela não serve para você... vocês não combinam foi livramento... parece, que ninguém quer se dar ao trabalho de amar, amar é isso, é doar-se, é sofrer, e cair e levantar juntos, é recalcular a rota, juntos!... sair e partir pra outra sem tentar, é outra coisa.

Se há desejo, se há amor, por que não tentar, e tentar? Quando amamos não desistimos da pessoa. Certa vez, ouvi uma pregação em que o padre escutava um casal, o marido triste não queria se separar, a mulher não aguentava mais aquela situação.

- Padre ele não me ama, trabalha o dia todo, não tem tempo para nós.

O marido desesperado respondia:

-Mulher, trabalho todo o dia para que não te falte nada. Por acaso, te falta alguma coisa?

O padre percebia que existia amor, que ambos apenas precisavam entender um da queixa do outro, a ela as demandas de carinho, do contato, da conversa. E no jeito de amar dele, ele dava tudo de si, há provia do que achava que ela necessitará, mas, as demandas são diferentes, é importante atentar para o motor, como cada um funciona, a parte boa da história deste casal, que sabiamente procurou o padre, é que, ambos perceberam que se amavam e não se separaram. Da história de Denize e Fábio, por mais que quisessem se separar ela dizia:

-Não sei o que acontece, a gente não consegue ficar longe um do outro.

E assim se faz o amor, de um jeito bobo, de uma fisgada inexplicável, o encontro é sempre único, sempre que estiver em uma relação observe-se de fora, se senti que há amor, vale à pena tentar. Seu marido pode ser melancólico e você colérica, ele pode ser introvertido e você extrovertida, podem até ser como Eduardo e Mônica, opostos que se atraem, as coisas se encaixam, os opostos se atraem não apenas no mundo da física, se atraem e vão se atrair sempre, não vá pelos outros, que te dizem logo para virar à página, esteja disposto a trabalhar sua relação.