Nosso dia: companhia e partilha

Hoje te agradeço pelo crescimento pessoal que nosso contato têm me proporcionado.

Eu tenho sentido e sentido muito, intensamente, profundamente.

Tenho me desfeito, refeito, descoberto, aberto.

Tenho me aprofundado em camadas de mim que nunca tinha acessado. Você tem me movimentado, deslocado, realçado.

Eu aprecio significados e sentidos. A convivência com você é um mergulho profundo, e sem fundo, de encontros constantes de novos signos e revisão dos que até então eram certezas.

Seu amor em si é um desafio instigante num oceano de complexidades afetivas, que elevam meu ser à uma necessidade de virar ao avesso minhas compreensões.

Teu companheirismo encanta.

Teu olhar estremece.

Teu sentir é magnético.

Teu tocar arrepia.

Teus pelos com meus pelos é atrito resultante em tesão. É pulsão.

365 dias de uma noite que me causou surpresa, confesso. "É pegadinha?", rondou minha cabeça durante toda a noite. Ali fui conquistado fatalmente, aguçou meu desejo em me abrir para você, pela tua imprevisibilidade. Percebi tua capacidade de aguçar o instinto de curiosidade humana.

Tua geminianidade me fez sair do eixo da compreensão astrológica.

Tua geminianidade me mostrou que certezas no campo humano são sempre em abertas.

Obrigado por ser companheiro. Por segurar minha mão. Pelos "nãos" e "sins". Pela cumplicidade. Obrigado por se abrir à tarefa árdua de permitir-se a sentir meu amor.

Obrigado pelo toque, pelo abraço, pelas partilhas, pelas aventuras, pela insistência e a não desistência.

Te agradeço por se fazer presença.

365 dias de amor e raivinhas.

Ilhados em amor e ódio.

Em doces, azedos, amargos e sabores que o paladar humano ainda desconhece.

Em aromas não sentidos.

Em visões privilegiadas de complacências

Em audições estimulantes que arrepiam a epiderme.

Toques que desbravam territórios que de tão próximos eram despercebidos, fazendo exercitar o olhar atento ao naturalizado.

Te convido a renovar a pré-disposição em estar em contato. A Re-Des-colar nosso ser um no outro. Em tornar saudável nossas trocas. A continuar segurando firme na minha mão e fazer um do outro a prioridade.

Te imagino na varanda, vendo o vento levar as folhas que caírem nos outonos à fora, em dias chuvosos e no florescer das pétalas que se abrem ao sol.

Te imagino comigo, entre livros, cajuínas, sementes e proteínas.

Obrigado por tornar esse sete um dia especial.

Obrigado, Amauri.

Sei que expectativas são difíceis. Sei que podem causar dor. Mas, também entendo que são difíceis de serem desfeitas, ou evitadas. De nós nutro as melhores possíveis. Nutro expectativas de mais encontros, mais descobertas, mais acessos às camadas que constituem nosso eu, mais almoços e destilados compartilhados, mais Berrios, mais paisagens inéditas, mais retornos confortantes rompedores de saudades, mais toque e trocas de energias pelas mãos, mais acolhimentos, meditações, palestras e diálogos daqueles que parecem que não se encerrarão.

Te desejo a felicidade e que nela eu esteja presente.

Amo você. E mesmo que não venha a ter conhecimento desse texto, mas ele fica de marca, pelo que você representa pra mim, do que você é.

Obrigado, minha materialização do sentido de companheiro.