Parabéns, filha!

O tempo!

Penso que nossa vida poderia ser contada em alegrias. Aí você poderia dizer: conto tantas gargalhadas vividas.

O tempo!

Como nem tudo é sorriso, seria bom que contássemos os dias tidos e vividos pelas burradas impagáveis que cometemos -como os erros ensinam! Aí complementaríamos: mas também tenho essas cabeçadas aí para acrescentar.

O tempo!

Ele é relativo. Dez anos podem significar um monte. O instante pode pagar uma vida. Relativize o cronômetro.

O tempo!

Ah! Trate-o como ele nos trata: com solene e indisfarçável indiferença, mas procure tê-lo sempre a favor.

O tempo!

Enquanto a vida passa, a cabeça nunca disfarça. Mas não leve isso muito a sério. Respostas serão procuradas a toda hora, espaço e lugar. Porém, preocupe-se mais com as perguntas.

O tempo!

Se respostas vierem, acolha-as como se estivesse colhendo rosas, delicadamente. Se elas nem derem “tchum” para você, mande-as para bem longe.

O tempo!

Respostas que nos desencontram não merecem morar em nossa mente.

O tempo! O tempo! O tempo!

Ele é repetitivo mesmo. Mas repetida a vida não pode ser. Por isso, viva-a, ao seu modo, da melhor maneira possível, como se estivesse mordendo aquela primeira maçã, à primeira vista e sempre pela primeira e última vez.

Que infinitos dez anos te protejam, filha.

Que conte sempre com o melhor sorriso do mundo e com o meu amor eterno.

E obrigado por ser esperança intensa em minha vida.

Beijo!