“FAIXA DE GAZA DA ANCIANIDADE”
Enfim, chego à ‘Faixa de Gaza’, lúcido, em plena atividade,
Acordando cedo, indo ao trabalho, levando a sério a vida,
Sóbrio em atitudes, reflexões e cônscio de responsabilidades,
Não amargurando o rótulo do ‘ser idoso’ como medida.
Sessenta e cinco anos e já vivencio a segunda geração,
Sempre acompanhado da mesma ‘Rosa’ recebida no altar:
Ana Carolina e Arthur – meus netinhos queridos do coração –
As raízes que tornarão possível a família preservar.
Já plantei árvores que até os frutos já os degustei;
Livros... Já os perdi a conta em prosa e versos elaborados;
Amigos são muito raros, mas estes os manterei.
De tudo o quanto tive, eu agradeço à vida ter-me sido amável.
Somente um detalhe me desgosta e também me faz apavorado:
A certeza de que não ficarei para semente, pois a morte é inevitável.
(ARO>10.01.1949)
Enfim, chego à ‘Faixa de Gaza’, lúcido, em plena atividade,
Acordando cedo, indo ao trabalho, levando a sério a vida,
Sóbrio em atitudes, reflexões e cônscio de responsabilidades,
Não amargurando o rótulo do ‘ser idoso’ como medida.
Sessenta e cinco anos e já vivencio a segunda geração,
Sempre acompanhado da mesma ‘Rosa’ recebida no altar:
Ana Carolina e Arthur – meus netinhos queridos do coração –
As raízes que tornarão possível a família preservar.
Já plantei árvores que até os frutos já os degustei;
Livros... Já os perdi a conta em prosa e versos elaborados;
Amigos são muito raros, mas estes os manterei.
De tudo o quanto tive, eu agradeço à vida ter-me sido amável.
Somente um detalhe me desgosta e também me faz apavorado:
A certeza de que não ficarei para semente, pois a morte é inevitável.
(ARO>10.01.1949)