CHÁ DE LETRINHAS COM PPF

“Omi”, rapaz... Que lição!

Por motivos óbvios vou juntando matérias para ler fora da Internet, especialmente nos fins de semana quando as preocupações provenientes de horários e acompanhamento de lição de casa se arrefecem.

Com a concentração um tanto prejudicada pelo “pianeiro” lá na sala tentando insistentemente tirar “Alagados... trenchtown” e no quarto um pandeiro num ritmo mais ou menos “...pedi pra parar parou..”, terminei de colocar em dia as leituras pendentes que vão desde E-mails com alguns MB, como o mais recente que um saudoso amigo de NY dividiu comigo contendo Marlene Dietrich cantando Catulo da Paixão, até teorias literárias como a do “Garganta da Serpente – Net 7 Mares” e do “aprendiz de poeta e repórter literário”, Sr. Paulo Porphirio Ferreira, do Clubedapoesia que dá uma lição que até a turma por aqui, no segundo ano do Ensino Médio, se interessou e guardou para as provas do ENEM.

Cheguei aos artigos acima mencionados através do Recanto das Letras, o lugar mais sério que encontrei para arquivar um pouco do que guardam minhas gavetas e armários. No entanto, depois do que acabo de ler chego à conclusão de que o que realmente fiz foi mandar para o arquivo morto algumas coisas que eu mantinha marcando revisão.

Plagiando o Sr. PPF, desculpe-me pela abreviação, necessidades do “internetês”, em terra de bufonídeos quem sabe escrever já enxerga o “princéps”. A coisa não é bem assim, anuo. Mas, por outro lado me questiono como poderemos aprender se não tivermos a coragem de expor o que acreditamos ser a nossa poesia...

Refiro-me a “nossa”, como sendo de brasileiros que mal e parcamente aprendem a assinar o nome – excetuando aqueles agraciados com Cambridge ou Sorbone, ou os serventes de marketing que conseguem de algum modo aprender alemão em escola estadual de alguma cidadezinha lá do Nordeste. Nós que passamos anos seguindo curricula obsoletos da historia e de outras matérias tão desprezadas, que somos aprovados sem sabença e sofremos, sentimos e sonhamos de tal forma que encontrar parceiros na mesma via crucis, nos ajuda a folgar esse fecho éclair hipócrita que tão bem conhecemos.

“Be kind to our feathers big duck” Ajude a gente ser poeta...

Soaroir -Agosto 12/2006