Como dói o vazio na cama!

Meu homem, ainda falo em você;

ainda lembro de como me tocava,

de como me desejava,

e de como me fazia voar.

Meu amante de todas as horas,

insaciável, experiente,

adorável sedutor,

instigava-me sem pudor.

Ainda falo das horas compartilhadas,

da troca de olhares,

da saudade que corrói meu peito,

e me faz esvair com crueldade.

Como dói olhar o vazio em minha cama!

Como sinto sua falta!

Falta de seu cheiro no meu travesseiro,

de seus beijos,

de seu sexo.

Não, não és mais meu homem,

és uma lembrança apenas,

que me traz tristeza,

que me traz frustração,

capaz ainda de deixar queimando

minhas entranhas de tesão.

Andréa Lauterjung
Enviado por Andréa Lauterjung em 07/05/2007
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