Êxodo em foco! - Ex1

Acabamos de ler nas 7 notas de Gênesis que a prorrogação da entrada do povo da terra prometida tinha 3 objetivos, e que explanaremos agora nestas novas notas em Êxodo.

A família inicial se multiplica abençoadamente, vista do ponto divino, e ameaçadoramente pela ótica egípcia. Tornaram-se um grande povo – com seu Deus único – dentro de outro bem comandado e – seus vários deuses.

Haviam entrado sob permissão do Faraó de então, como homens livres que eram, e agora não podiam mais sair, passados 4 séculos de lenta subordinação. Homens livres passaram a ser escravos!

E não é assim que muitos cristão se têm tornado hoje?! Começam livres, mas as provações da vida, as comodidades, as desculpas, os medos, a falta de fé, de compromisso, de esperança, tudo vai solapando paulatinamente as forças morais e espirituais, ao ponto de não reconhecerem a própria situação em que se encontram.

Mas bendito seja Deus! sua inércia será motivo e razão para uma das mais poderosas e marcantes ações de Deus. Ele mesmo, através de um servo escolhido (sempre a incompreendida eleição!), trará este povo tão numeroso para fora, conduzindo-os por território estranho e deserto. E que ensejará novas tratativas e provisões, não mais com um povo escravizado, mas liberto pelo seu Deus e de caminho para casa.

Mas a maior das dádivas, bem além da libertação física, é o modelo de um tabernáculo que os aproximaria eternamente do Eterno, com uma ordem sacerdotal inédita que garantisse sua continuada pureza. Não bastava libertar; aprazia a Deus santificar e glorificar através dos instrumentos representados por toda a mobília dos átrios do Senhor.

Mas a um santuário celestial contrastava uma Lei dada, não uma, mas duas vezes pelas mãos de Moisés. Poderíamos dizer que a graça os havia libertado do Egito, mas a lei os haverá preso pela rigidez intransigente da justiça.

Neste sentido, um novo homem será levantado, Aarão – o pontífice mais elevado, apto não só a oferecer sacrifícios de louvor a Deus, mas reconciliar todo um povo que quebra insistentemente as leis de seu Deus.

Estes dois homens guiarão o povo por um tremendo e inóspito deserto, ora apertado pelas justas exigências de Deus, representado por Moisés, ora folgado pelas ternas misericórdias de Deus, em Aarão.

Em nossa próxima nota, traçaremos um perfil sobre o chamado de Moisés, 'o homem mais manso que todos os que havia na terra' (Nm 12.3).