Deus geometriza - Jz3

Platão já dizia que ‘Deus geometriza’. Os números na Palavra de Deus não são apenas quantidades aleatórias e insignificantes, mas guardam relações de ordem moral, típica [falando de tipos e antítipos], passando ao mundo espiritual, aliás, como já dissemos, tudo o que vemos é reflexo do que não vemos.

Um engenheiro não desprezaria qualquer número em sua área de atuação, nem Deus vai desprezar em Sua eterna e bendita Palavra aquilo que será o padrão do julgamento para toda raça humana.

Há uma sequência cíclica, como já falamos, neste período de Juízes. Israel se afastava do Senhor – o Senhor utilizava os povos ao redor para escravizá-los – o povo clamava – o Senhor levantava um libertador ou juiz – a terra descansava por um certo tempo – o povo se afastava novamente e o ciclo recomeçava.

Vamos seguir esta fórmula de forma bem reduzida que será o molde das demais.

“E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor...

Então a ira do SENHOR se acendeu contra Israel, e ele os vendeu na mão do rei da Mesopotâmia...

...e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim oito anos.

E os filhos de Israel clamaram ao Senhor...

...e o Senhor levantou-lhes um libertador, que os libertou: Otniel...

Então a terra sossegou quarenta anos...

Porém os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor” (3.7-12).

O primeiro libertador foi Otniel – a terra foi escravizada por 8 anos e esteve tranquila por 40 anos após sua atuação como libertador, como segue o quadro abaixo (nesta plataforma não podemos acrescentar imagem, mas você pode acessá-la em

https://issuu.com/ministerioescrito/docs/7._ju_zes

Seis períodos (nos moldes citados acima) são mencionados de escravidão e libertação. Com Sangar, nenhuma contagem é feita, e o outros 5 juízes da linha inferior, mesmo só mencionando o tempo de seu ministério, não entram no esquema acima, por isso não serão levados em conta. Vamos esquematizar para melhor visualização.

Observe que a tendência numérica de anos de escravidão tendeu ao aumento. Começa com 8 e finda em 40 anos de escravidão (cinco vezes mais). Já o tempo de libertação, apesar de ser bem maior (seta verde para cima) que a escravidão nos 4 primeiros ciclos, é reduzido (seta vermelha para baixo) pela metade nos 2 últimos.

Acho que podemos chegar a algumas conclusões, ou pelo menos indicações interessantes.

Pelo lado humano, sua ineficiência é sempre crescente, apesar de algumas oscilações aparentes. No quadro, o castigo gerado pela negligência começa em 8 anos, findando em 40, apesar de uma aparente melhora indicada pelo número 7 no meio do período.

Já do lado divino, a tendência da graça divina aumentou logo no início, estabilizou nos 40, caiu drasticamente em 6 e subiu para 20 anos de libertação.

Ao final dos ciclos (Jefté e Sanção), a escravidão supera em duas vezes a libertação, mas na somatória Total, a graça libertadora superou a escravidão pelo pecado em 2,073 vezes (226/109).

Acho que os números falam por si mesmos. Mas quero deixar duas passagens para o leitor e a leitora meditarem e também compararem com o curso deste mundo em franca decadência. Tire suas próprias conclusões.

“Onde o pecado abundou, superabundou a graça de Deus” (Rm 5.20).

“O homem que muitas vezes repreendido endurece sua cerviz, de repente será quebrantado sem que haja cura” (Pv 29.1).

Em nossa próxima nota destacaremos o curso de 3 mulheres.