Itabuna, 16 de abril de 2023

 

Ilustríssimos confrades e confreiras da Academia de Letras de Itabuna – ALITA

 

Prezados Senhores:

 

Ontem tomei conhecimento da manifestação do acadêmico da Bahia, o Sr. Aleilton Fonseca, não o conheço pessoalmente não privo de sua intimidade, porém, lhe agradeço por ter expressado sua douta e isenta opinião. Ele, distante, apresentou-lhes uma proposta de compreensão, conciliação e generosidade.

 

Não fiz nenhuma ofensa aos acadêmicos, não cometi crime imoral, houve numa reunião ordinária um desencontro de opinião, mas, nada que ferisse a honra de ninguém, menos ainda agressividade física ou verbal, desculpei-me depois em reunião, inclusive, Dr. Marcos Antônio Bandeira foi testemunha e, dias após, a saudosa Dra. Sônia Maron, numa carta manuscrita (já enviei para os senhores noutra oportunidade), chama-me de amigo.

 

Não sou nenhum “Terrorista Cultural”, sou bom caráter, um educador, tanto que recentemente, recebi o título de “Cidadão Itabunense” pela Câmara de vereadores de Itabuna, portanto, não é justo que a entidade que ajudei fundar e fui 2 anos seu 1º. Tesoureiro, eu cuidei bem de suas finanças, seja enxotado e desqualificado.

 

Nunca renunciei ao meu cargo vitalício, sempre procurei honrá-lo, mesmo com toda carga emocional comprometida e afastado da academia involuntariamente. Não se “corta” um sonho, um ideal. Eu e mais 12 escritores fundamos essa academia no espaço da FICC no dia 19 de abril de 2011, alguns renunciaram, outros foram para eternidade e alguns se encontram vivos, por isto, peço aos confrades compreensão, generosidade e nenhum egoísmo.

 

Sei que circula por aí algumas crônicas que fiz há muitos anos sobre a ALITA, porém, nenhuma delas mancha a moral de ninguém, fi-las com o objetivo de melhorar a entidade e, magoado por ter sido alijado do processo de sua construção.

 

Um processo para desqualificar um membro de uma academia por “CRIME DE OPINIÃO” é “suis generis”, não se tem notícia em nenhuma academia do país. Por isto, renovo aos senhores meu pedido de reconciliação e que os meus direitos sejam restaurados. Não quero levar a entidade pra uma demanda judicial, envolvendo nenhum prócer, quero paz e amor e contribuir para o engrandecimento da nossa academia naquilo que sei fazer.

 

Certo da atenção dos senhores acadêmicos, reitero protestos de estima e apreço. Fraternalmente, Rilvan Batista de Santana