Profecias messiânicas – A humilhação do Filho - Pm3

Em nossa nota anterior, expusemos um quadro triste e desconsolador de um ponto em que se atinge quando não há mais possibilidade do arrependimento tanto da parte do homem quanto de Deus. Nesse momento crucial de desespero, de falta de alternativa, da total ausência de luz ao fim do túnel, sempre gosto de recordar de um remédio divino 100% eficaz, sem efeito colateral ou contra indicação, e em tomada única:

“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10).

Mas antes de vir nos buscar no trabalho maravilhoso de sua cruz, estes profetas menores que ora estudamos lançaram as bases proféticas que autenticavam não só sua vinda futura, mas sua personalidade inigualável e ministério perfeito. Acompanhemos algumas destas profecias messiânicas a respeito de sua primeira vinda humilde, graciosa e salvadora, bem como seu cumprimento no Novo Testamento.

Começando por Oséias.

“Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício” (Os 6.6) – “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento” (Mateus 9:13); “Do Egito chamei a meu filho” (Os 11.1) – “E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho” (Mateus 2.15); “Fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e lhes dei mantimento” (Oséias 11.4) – “Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11.30) e “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (João 6.51).

Agora Joel.

“Onde está o seu Deus?” (Jl 2.17) – “Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus” (Mateus 27.43); “E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2.32) – “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer” (João 10.27-28); “Lançai a foice, porque já está madura a seara” (Jl 3.13) – “Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (João 4.35).

Passemos a Miquéias.

“Mas, quanto a mim, graças ao poder do Espírito do Senhor, estou cheio de força e de justiça, para declarar a Jacó a sua transgressão, e a Israel o seu pecado (Mq 3.8) – “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4.18-19); “Ferirão com a vara na face ao juiz de Israel” (Mq 5.1) – “E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus. E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e batiam-lhe com ela na cabeça” (Mateus 27.29-30); “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2) – “E, tendo nascido Jesus em Belém de Judeia” (Mateus 2.1) e “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8.58); “Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei diante do Deus altíssimo? Apresentar-me-ei diante dele com holocaustos, com bezerros de um ano?” (Mq 6.6) – “Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste” (Hebreus 10.5); “Ai de mim!... não há cacho de uvas para comer, nem figos temporãos que a minha alma deseja” (Mq 7.1) – “E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti!” (Mateus 21.19); “Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz” (Mq7.8) – “E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15.4).

E quanto a Naum?

“Eis sobre os montes os pés do que traz as boas novas, do que anuncia a paz!” (Na 1.15) – “E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo... Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.1-2,9).

Habacuque profetiza:

“Então o Senhor me respondeu, e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler quem passa correndo” (Hc 2.2) – “E Pilatos escreveu também um título, e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS. E muitos dos judeus leram este título... escrito em hebraico, grego e latim” (João 19.19-20).

Quanto a Zacarias:

“Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6) – “E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele” (João 1.32); “Eis aqui o homem cujo nome é RENOVO; ele brotará do seu lugar” (Zc 6.12) – Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão” (Lucas 24.34); “Eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho” (Zc 9.9) – “E achou Jesus um jumentinho, e assentou-se sobre ele, como está escrito” (João 12.14); “Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o meu salário e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata. O Senhor, pois, disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro, na casa do Senhor” (Zc 11.12-13) – “E disse [Judas]: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata... E, tendo deliberado em conselho, compraram com elas o campo de um oleiro, para sepultura dos estrangeiros” (Mateus 26.15; 27.7); “E olharão para mim, a quem traspassaram” (Zc 12.10) – “E outra vez diz a Escritura: Verão aquele que traspassaram” (João 19.37); “Que feridas são estas nas tuas mãos? Dirá ele: São feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos” (Zc 13.6) – “Depois [Jesus] disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente” (João 20.27); Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas” (Zc 13.7) – “E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão” (Marcos 14.27).

E Malaquias para finalizar.

“A lei da verdade esteve na sua boca, e a iniquidade não se achou nos seus lábios” (Ml 2.6) – “Mas, porque vos digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?” (João 8.45-46); “E de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais” (Ml 3.1) – “E, entrando no templo, começou a expulsar todos os que nele vendiam e compravam, dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores” (Lucas 19.45-46).

Podemos findar estas poucas profecias transcritas com a lembrança e certeza:

“A palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada” (1 Pedro 1.25).

A seguir – a Glória daquele que Se humilhou.