JUDAS

JUDAS

Tiro gotas de sangue nas entranhas da saudade

Finda minha vida nesta ausência tão sofrida

A arrogância e o orgulho não mais me invadem

Encontro-me no ultimo degrau desta vertiginosa descida

Dilacero minha alma tentando te encontrar

A humilhação me degrada e veio para ficar

Rastejo aos seus pés e nem sou notado

A angustia com astúcia pulsa o meu ser

Trocaria e daria minha vida para ser perdoado

Estancaria os meus olhos para as lagrimas se conter

Na suplica mórbida de uma única oportunidade

Pego-me de joelhos orando dando a minha dor a liberdade

Nada mais me resta sou escravo do destino

Apenas aguardo nas garras da humilhação

Vejo-me diante da vida tão só e pequenino

Rejunto os pedaços colando-os em meu coração

Rogo a ti mais uma vez, imploro a tua bondade!

Perdoe este Judas e toda a sua maldade

Pensei estar sempre certo mais errei confesso

Sinto-me degradado arrebentado e arrependido

Não aumente mais a minha dor, por favor, eu peço!

As forças se acabaram e o grande leão foi abatido

A dor maior é admissão à quebra do orgulho

É quando a arrogância não tem mais porto seguro

A ti senhor, DEUS dos pecadores; entrego a minha vida!

Estou tentando dar a volta carregando este fardo pesado

Meus pés já cansados e maltratados escorregam nesta subida

Vejo a minha vida esvaindo-se, gota a gota, neste chão esburacado!

Descubro que é difícil esta peleja, e preciso ser forte!

Sucumbindo ou sem domínio me restara apenas a morte!

Léu Silva