Esse eu vou chamar de Gabriel.

Aconteceu, numa terça feira de carnaval, num dia nublado, num dia estranho, não queria estar lá, talvez nem você quisesse, mas por algum motivo, o acaso nos levou ali. Sozinhos estávamos, e perdidos talvez, nunca imaginei que poderia acontecer assim, novidade, quem falaria de batatas, quem poderia ler mentes, quem se abriria contigo apenas por se sentir a vontade, quem faria sua mente turbilhonar nas próximas semanas como se nada no mundo tivesse acontecido antes, tão único como se nunca tivesse amado, tão profundo que assustava. E foi assim que o sol nasceu, naquela quinta, de frente pra quela feira, e nada tinha sido igual, ou talvez tinha, mas eu não me lembrava, não lembrava por sua presença apagar o passado e fazer do meu momento uma nova história, eu te abracei, e naquele abraço eu já podia sentir o tamanho da dor que seria tua partida, eu sempre soube que iria, soube no momento em que te conheci, mas meu caro, eu não podia deixar de viver aquilo que caiu nas palmas da minha mão, presente, divino talvez, jamais saberei. E tu se foi, foi como todos os outros se foram, e deixou bem mais em mim do que gostaria de admitir, já é madrugada, já é segunda feira outra vez, já faz 2 meses que és parte de mim e hoje eu precisei deixa-lo pra trás, ainda que amando-o profundamente. Obrigada querido, por ter estado aqui, por ter feito de alguns momentos os melhores, obrigada por ter tentado, alguns nem chegariam perto disso, e desculpe essa bagunça, quem sabe um dia não seremos nós.

Pgobetti
Enviado por Pgobetti em 23/04/2018
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