A IRÁ DOS ANJOS

Cai sobre ti o medo;

E, a angústia de viveres, consome-te...

Da certeza que cairás na cama;

Pela solidão que habitas tu'alma;

Só tu sabes concisamente;

Onde os pesadelos são moradas;

E pelo elo gélido frio que envolve, circundam-na...

Estás condenada à viveres das sombras...

Pelas sombras dos vales mortais...

Caminharas sem dormires em paz;

Por não haver morte. viveras...

Então, manto negro cobrirá teu rosto;

Em desespero tenaz, fugaz, algoz...

Do teu infinito ser tênue...

Que hoje estás, vejo!!!

És o retrato dos anjos decaídos.

E estás na cama que hoje estás, decrepita!

Solitária vives eternamente.

Vulnerável! volátil!

Caída nos pregos da depressão em coxão

E na triste solidão, lamentação!

A chorar, com medo das próprias lágrimas...

Porque fizestes da tua lingua o inferno.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 11/07/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6693205
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