Tudo que eu necessito.

O mundo pode ser um grande cogumelo, coberto de calda de marfim e chocolate branco. Os sentimentos são granulados coloridos, alguns deles tem porções mágicas de felicidade que um dia encontrei no abraço que eu tanto desejo, hoje.

Hoje não tenho tudo o que eu preciso, mais tive o abraço que me confortou a cada olhar pela janela perdido, que um dia eu deixei vagar na sala da pré-solidão. Onde o gosto da morfina da felicidade está contido em cada gota do olhar que é despejado de você em mim.

Eu poderia muito bem dizer que tudo o que eu necessito é alguém. Que seja, sabe. Há quem diga que a felicidade depende dos outros, mais há controvérsias nesses dizeres. Minha felicidade depende mais do que você pode pensar. Meu olhar depende quando você compartilha comigo os pingos de chuvas que resolveram abençoar um dia o nosso sentir.

A cada abraço a necessidade de ser apenas um, quando já somos dois perdidos naquele formigueiro humano que resolvemos nos reencontrar. Dois mundo que não foram destinados pelo acaso. Onde eu poderia encontrar a sua alma engarrafada pela porção mágica das provas de amor? Em um parque onde os sentimentos nunca foram verdadeiros, mais resolveram por uma noite ser intenso.

Um dia eu encontrei você, nesse encontro por uma noite, você foi tudo o que eu necessito. Se um dia, por uma noite eu conseguir ser 1% do que você foi pra mim. Que o diluvio caia novamente nesta terra, pois estarei ilhada em seus braços, como naquela noite em que nossos corações se encontraram.

O adeus que não foi dado, foi encontrado ao acaso. Eu e você, fomos deixados a esse acaso, sobre as provas de um amor não acontecido, sobre os olhares de pessoas persistindo em crer, que poderiamos ser um, quando na realidade nunca fomos dois.

Eu sei, que tudo que eu necessito está contido em você, só deixa que eu possa abrir a porta do seu coração e me alojar perto da lareira, pois o frio me convida a novamente me fazer um, com você sobre os pingos da chuva em que nossas mãos se encontraram...

... e no dia em que você reencontrar-me, se meus olhos aos seus não encontrarem, não se preocupe, é que a timidez e a saudade ainda continuam dentro de mim, basta que você acenda a lareira que um dia aqueceu nossos corações.... e que apagou-se na sua partida.

Espero-te, mesmo presa ao acaso, pois você é o que necessito, agora.

Dedicado a Raul Felipe.

* Texto re-adaptado do meu pseudo-eu, bishopiana.